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Facebook vai usar vídeos postados na rede para treinar IA e criar novos produtos

Por| Editado por Claudio Yuge | 12 de Março de 2021 às 21h40

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Os esforços do Facebook para otimizar cada vez mais os seus algoritmos de inteligência artificial (IA) já não são novidade para ninguém. Porém, nesta sexta-feira (12), a companhia de Mark Zuckerberg anunciou um novo projeto bastante audacioso: o Learning from Videos, que pode ser traduzido literalmente como “Aprendendo com Vídeos”. A proposta é justamente essa: usar a vasta biblioteca de clipes da rede social (e do Instagram) para treinar seus sistemas de aprendizado de máquina a compreender melhor o mundo real.

Algoritmos de IA, no geral, trabalham a identificar padrões — sejam eles visuais, textuais ou sonoros — a partir de uma pequena amostra curada e oferecida por engenheiros de dados humanos. Isso torna sua capacidade bastante limitada, já que é difícil prover “materiais de estudo” que sejam diversos o suficiente para que o sistema seja capaz de reconhecer diferentes tipos de cenários, movimentos, ruídos e tantas particularidades que existem em nosso mundo físico.

“Aprendendo com fluxos globais de vídeos publicamente disponíveis abrangendo quase todos os países e centenas de idiomas, nossos sistemas de IA não apenas terão a precisão melhorada, mas também vão se adaptar ao nosso mundo em rápida evolução e reconhecerão as nuances e pistas visuais em diferentes culturas e regiões. E, ao ajudar os pesquisadores de IA a romper com a dependência de dados rotulados, podemos melhorar os produtos e criar experiências totalmente novas”, explica o Facebook.

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Embora o Learning from Videos só esteja sendo apresentado ao globo agora, a companhia afirma que já está testando um framework a seis meses e obteve resultados empolgantes ao aplicar o modelo de inteligência artificial ao Reels, do Instagram, otimizando a recomendação de conteúdos similares. Os experimentos demonstraram uma redação de 20% na taxa de erro no reconhecimento de fala, o que é um tanto importante para garantir a similaridade desses tipos de conteúdos.

“Encontrar Reels semelhantes se encaixa muito bem com modelos auto supervisionados, pois os Reels tendem a ser altamente estilizados, apresentando padrões comuns em vídeos da moda. Os vídeos populares geralmente consistem na mesma música, com os mesmos passos de dança, mas criados e representados por pessoas diferentes. Os modelos auto supervisionados aprendem automaticamente ‘temas’, agrupam-nos e disponibilizam-nos implicitamente para o sistema de recomendação”, continua a rede social.

E a privacidade, como fica? O Facebook garante que esses modelos estão de acordo com “a responsabilidade que temos de respeitar a privacidade das pessoas”. “Ao incorporar esse trabalho a nível da infraestrutura, podemos aplicar de forma consistente os requisitos de privacidade em nossos sistemas e apoiar esforços de inteligência artificial. Isso inclui a implementação de proteções técnicas em todo o ciclo de vida dos dados”, complementa o comunicado oficial da marca.

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Fonte: Facebook