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Facebook vai usar cartas de verificação para evitar manipulação política

Por| 19 de Fevereiro de 2018 às 09h59

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A manipulação política pela internet é uma das maiores facetas do mundo atual. Entretanto, para lidar com ela, o Facebook está se voltando a métodos do passado. A empresa anunciou que vai utilizar cartões postais enviados pelo correio como uma forma de verificar a identidade e localização de todos os usuários americanos que tentarem contratar propagandas de cunho político ao longo dos próximos meses.

A medida está em fase de implementação e testes, mas deve entrar em vigor bem a tempo da próxima corrida política americana, que acontece em novembro com a eleição dos representantes da Câmara e do Senado. É um momento importante para o governo de Donald Trump e, também, um em que autoridades estão de olho, após o surgimento de fortes suspeitas de que, justamente, a eleição do presidente teria sido, em parte, fruto de grande manipulação política por meio das redes sociais.

A verificação postal e, para todos os efeitos, analógica, seria uma forma de garantir não apenas a identidade dos responsáveis pelos anúncios, mas também de garantir que eles estão localizados em solo americano, o que facilitaria uma investigação posterior. Na conspiração das eleições de 2016, são substanciais os indícios de que a Rússia esteve envolvida diretamente na publicação de anúncios e criação de páginas falsas, por acreditar que um governo Trump seria mais favorável a seus interesses.

De acordo com o Facebook, os cartões postais enviados pelo correio conterão um código de verificação, que precisará ser inserido na rede social para liberação das propagandas. O sistema será ativado automaticamente sempre que o sistema detectar anúncios de cunho político, mais especificamente aqueles que citarem candidatos nominalmente.

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Entretanto, menções a temas que farão parte da briga, bem como citações a partidos, não ativarão o sistema de verificação, que o próprio Facebook já admite que não será capaz de “resolver tudo”. Conforme afirmou a diretora de políticas globais da rede social, Katie Harbath, o método é uma fase inicial, que vai garantir, pelo menos, algum tipo de presença dos anunciantes nos EUA e facilitar eventuais investigações.

O método também está de acordo com leis americanas, que proíbem estrangeiros de realizarem doações e todo tipo de contribuição para políticos. Foi com base nessa legislação, inclusive, que o governo dos EUA apresentou, na última sexta-feira (16), o indiciamento de 13 cidadãos russos pelo envolvimento em manipulação de informação e conspiração durante as eleições de 2016.

Fonte: Reuters