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Facebook vai ser investigado nas Filipinas por brechas na privacidade de usuário

Por| 13 de Abril de 2018 às 13h15

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O governo das Filipinas anunciou a abertura de uma investigação sobre as violações na privacidade dos usuários do Facebook, que levaram à coleta de dados pela Cambridge Analytica. O país asiático, mais um em uma lista de territórios que iniciaram inquéritos oficiais sobre o caso, acredita que a empresa não deu explicações suficientes sobre o que aconteceu e de que maneira a rede social atua para garantir que casos desse tipo não se repitam.

Por meio da Comissão Nacional de Privacidade, o governo das Filipinas taxou como “genéricas e inadequadas” as explicações dadas pelo Facebook aos questionamentos feitos por legisladores do país. Além disso, afirmou que os comunicados globais feitos pela companhia também não serviram para atender aos anseios dos cidadãos do país, motivos que levaram à abertura de um inquérito oficial e novo pedido de explicações.

Mais do que entender exatamente o que aconteceu e como a companhia está agindo para resolver os problemas, o governo deseja apurar se leis locais de privacidade foram violadas nesse ensejo. A comissão deu ao Facebook 15 dias para a apresentação de novas explicações relacionadas à coleta de dados em si, bem como sobre maneiras pelas quais a Cambridge Analytica pode ter utilizado as informações dos filipinos em campanhas de publicidade direcionada.

Enquanto o Facebook não se pronunciou sobre o assunto, o governo também não falou em sanções ou possíveis multas que podem ser aplicadas como resultado do inquérito. As Filipinas se juntam ao Brasil, Estados Unidos, Austrália e Indonésia na lista de países que lançaram investigações oficiais sobre o escândalo.

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Não coincidentemente, todos estes fazem parte dos 10 mais afetados pela brecha. Entre os mais de 80 milhões de utilizadores cujos dados foram obtidos pela Cambridge Analytica, a esmagadora maioria (70,6 milhões) está nos EUA. Depois vêm as Filipinas, com 1,18 milhão, Indonésia (1,1 milhão), Reino Unido (1,08 milhão) e México, com 790 mil. O Brasil, com cerca de 440 mil perfis coletados, aparece na sétima colocação.

Por aqui, o Ministério Público do Distrito Federal também tem uma investigação em andamento sobre o escândalo da Cambridge Analytica. Originalmente, a publicidade direcionada utilizada pela empresa em campanhas como a de Donald Trump para a Casa Branca também seriam utilizadas no Brasil, por um candidato para as eleições deste ano não revelado. Essa iniciativa, porém, foi cancelada pelos representantes nacionais da companhia após a revelação da brecha na privacidade e denúncias de mal-uso dos dados dos usuários.

Fonte: CNN Money