Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Facebook está ferindo direitos humanos na Índia, afirmam ativistas

Por| 08 de Janeiro de 2016 às 10h19

Link copiado!

Facebook está ferindo direitos humanos na Índia, afirmam ativistas
Facebook está ferindo direitos humanos na Índia, afirmam ativistas
Tudo sobre Facebook

Quando Mark Zuckerberg anunciou que o Facebook estava trabalhando em uma iniciativa que levaria acesso gratuito à Internet a regiões remotas e pobres do planeta, o que se ouviu foram vários gritos de júbilo e agradecimento. Agora que o Free Basics é uma realidade, o que se vê são pessoas irritadas e receosas com o serviço.

Nesta semana, por exemplo, a rede social mais popular do mundo foi alvo de duras críticas vindas de vários grupos que lutam pelos direitos dos usuários na Internet na Índia. Lá, o Facebook já está atuando em regiões rurais carentes de infraestrutura de comunicação, oferecendo acesso à rede social e um número limitado de serviços considerados pela companhia como "essenciais" para a população.

E é justamente essa limitação que vem irritando tais grupos, que numa carta aberta alegam que a norte-americana está infringindo os princípios de neutralidade de rede por oferecer apenas um "acesso parcial à internet". A frustração acontece sobretudo por ninguém acreditar que o Facebook é tão bom samaritano a ponto de oferecer algo gratuito a troco de nada. "O Facebook deveria oferecer acesso rentável à toda a internet para todos e não apenas aos serviços que ele e seus parceiros consideram aceitáveis", diz a carta.

O debate vem se arrastando há pelo menos dois meses. De um lado, os ativistas utilizam argumentos como o da neutralidade de rede e que o acesso à Internet agora deve ser tratado como um direito humano. Do outro, o Facebook se defende afirmando que a maioria dos indianos quer, sim, o serviço e ele pode coexistir com a neutralidade de rede.

Continua após a publicidade

"Quem não está conectado quer oportunidades baratas e inovadoras para estarem online", afirmou um porta-voz do Facebook nesta quinta-feira (7). "Reguladoras de todo o mundo já analisaram essa questão e concluíram que esses tipos de programa [como o Free Basics] podem coexistir ao lado das regras de neutralidade de rede", completa.

Fontes: CNET, Facebook (carta aberta)