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Facebook e Twitter removem contas do Irã e da Rússia ligadas a manipulação

Por| 22 de Agosto de 2018 às 08h32

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Facebook e Twitter removem contas do Irã e da Rússia ligadas a manipulação
Facebook e Twitter removem contas do Irã e da Rússia ligadas a manipulação

O Facebook removeu da plataforma centenas de páginas e perfis de usuários pelo que a empresa chama de “comportamento ilegítimo coordenado”, o que geralmente indica uma página ou perfil que aparenta ser independente, mas que, na verdade, faz parte de uma rede de desinformação controlada, desta vez, por elementos da Rússia e do Irã.

O intuito principal dessas páginas era manipular a opinião política de cidadãos dos Estados Unidos. Por exemplo, uma das páginas poderia se passar por um grupo preocupado com a violência gerada por imigrantes ilegais no país norte-americano, mas, na verdade, era operado por um grupo interessado em manipular a opinião pública sobre o tema.

O chefe de segurança virtual do Facebook, Nathaniel Gleicher, descreve que três grandes operações foram manipuladas e retiradas da plataforma. Todas elas tiveram suas origens rastreadas até o Irã, onde aparentam ter sido criadas. Todas elas carregavam narrativas antissauditas, antisemitas e pró-Palestina, assim como apoiavam mudanças na política dos Estados Unidos que fossem favoráveis ao Irã.

A primeira dessas operações era composta de 74 páginas, 70 perfis de usuários, 3 grupos do Facebook e 76 contas do Instagram. Quanto ao número de seguidores, cerca de 155 mil pessoas seguiam pelo menos uma das páginas da rede, além de totalizar 48 mil seguidores no Instagram. As páginas inicialmente estavam focadas em promover suas ideias no Oriente Médio e apenas recentemente começaram a operar nos Estados Unidos.

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A segunda operação era bem mais modesta, composta de 12 páginas, 66 contas de usuários e 9 contas do Instagram, que fingiam pertencer a organizações de imprensa.

Já a terceira operação é a maior de todas: composta por 168 páginas, 140 contas de usuários e 31 contas do Instagram, ela atuava desde 2011 compartilhando conteúdos referentes ao Oriente Médio e questões políticas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Essa organização somava 813 mil seguidores no Facebook e 10 mil no Instagram, e gastou cerca de seis mil dólares em anúncios veiculados desde 2012.

Dado interessante é que essa rede de desinformação também organizou 25 eventos ao longo de sua trajetória, provando que não era apenas uma meia dúzia de pessoas em salinhas escuras postando sob múltiplos pseudônimos e contas falsas, mas um grupo que nutria uma comunidade real de pessoas — ainda que eles mesmos fossem apenas um fantoche de uma organização ainda maior.

Logo depois do anúncio do Facebook, o Twitter também revelou que baniu 284 contas, todas com origem no Irã, sob alegação de “manipulação coordenada”.

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Além das contas ligadas ao Irã, o Facebook também anunciou que iria remover páginas e perfis de usuários que, comprovadamente, tiveram ligações aos serviços de inteligência russa.

Apesar disso, todas as contas excluídas tinham como foco maior questões políticas da Síria e do Irã. Mesmo que os Estados Unidos não sejam o único alvo das tentativas de manipulação pela internet, o senador Mark Warner, do Partido Democrata do estado da Virgínia, alerta que ainda que o Facebook tenha tomado medidas para expurgar esses elementos de manipulação estrangeira da plataforma, ainda há muito a ser feito.

Fonte: CNBC, Tech Crunch