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Facebook cria novas regras sobre “abordagem sexual” na rede social

Por| 10 de Dezembro de 2018 às 12h40

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Facebook cria novas regras sobre “abordagem sexual” na rede social
Facebook cria novas regras sobre “abordagem sexual” na rede social
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Sem alardes nem anúncios, o Facebook criou um novo conjunto de regras para abordar o que chama de “abordagem sexual”. De acordo com a empresa, a nova seção de seus padrões da comunidade serve para limitar a publicação de conteúdo explícito, além de impedir que a rede social seja utilizada como veículo para exploração sexual ou serviços relacionados.

De acordo com as novas regras, conversas explícitas sobre sexo não podem mais ser publicadas no Facebook. Isso inclui a utilização de “gírias sexualizadas”, “dicas de sexo”, como “posições e fetiches” ou conteúdos que façam menção a posições ou atividades explícitas, o que inclui, também, manifestações artísticas.

Além disso, um dos principais pontos dos novos padrões da comunidade é impedir que a rede social seja utilizada para oferta de serviços sexuais, solicitação ou marcação de encontros com esse fim. Entre os exemplos citados pelo Facebook, fica proibido até mesmo postar que alguém “está a fim de diversão” ou utilizar os sistemas de eventos, grupos ou comunidades da plataforma para coordenar eventos de cunho explícito, o que inclui danças e massagens eróticas.

O novo conjunto de normas reforça outras regras que já estavam presentes anteriormente, como a publicação de nudes ou vídeos explícitos, a oferta de pornografia comercial ou até mesmo a solicitação de conteúdos dessa categoria entre os usuários. Tais postagens já não eram permitidas de acordo com os padrões da comunidade do Facebook e, agora, até mesmo falar sobre elas pode se tornar passível de suspensão ou banimento.

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As regras são claras em alguns pontos e subjetivas em outras, o que, claro, levou a críticas por parte dos usuários. Normalmente, os padrões de comunidade do Facebook se aplicam também a seus produtos conjugados, como é o caso do Messenger, algo citado negativamente pelos utilizadores por, teoricamente, impedir que eles falem sobre sexo ou se comuniquem desta maneira mesmo na esfera privada.

De acordo com a rede social, entretanto, não é tão grave assim, com os conteúdos, assim como outras postagens passíveis de interpretação, tendo de ser avaliadas antes da remoção ou aplicação de sanções a seus autores. Conversas fechadas no mensageiro, então, não estariam sujeitas às novas regras, a não ser que o papo acabe sendo denunciado à moderação da plataforma.

O Facebook ainda se defende afirmando que as novas normas vieram após extensas conversas com os revisores de conteúdo, que pediram a criação de regras mais claras quando à exploração e solicitação sexual, bem como demandaram uma postura da plataforma quanto ao segundo quesito. A ideia, afirma a empresa, é permitir que as pessoas continuem a se expressar, falando sobre si mesmos e realizando conexões relevantes, mas sem que isso tudo se confunda com ofertas eróticas ou marcações de encontros, algo que o site não deseja ver acontecendo.

As novas regras estariam relacionadas a um conjunto de leis assinado em abril pelo presidente americano Donald Trump como forma de penalizar sites que, na visão do governo, “facilitariam” a prostituição. Os atos SESTA e FOSTA foram duramente criticados pelo setor, pois, em suas tentativas de impedir o tráfico e o abuso sexual, também criam caminhos para que os administradores de serviços sejam responsabilizados pelas postagens dos usuários, o que levou, por exemplo, sites como o Craigslist e o Reddit a banirem seções voltadas a encontros casuais entre utilizadores.

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Fonte: Facebook