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Facebook age como traficantes de drogas para deixar usuários "viciados"

Por| 15 de Janeiro de 2018 às 15h39

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Facebook age como traficantes de drogas para deixar usuários "viciados"
Facebook age como traficantes de drogas para deixar usuários "viciados"
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Desde que Mark Zuckerberg anunciou uma grande mudança nos algoritmos que decidem o que o Feed exibe no Facebook, que passará a priorizar publicações de amigos em detrimento de notícias, páginas e marcas, a polêmica está solta. Inclusive, as ações da rede social caíram bastante por conta disso, mas Zuckerberg insiste que faz parte de uma missão pessoal melhorar sua rede social no combate contra fake news e demais conteúdos prejudiciais.

Mas, apesar de Zuck garantir que sua motivação para tal decisão seja nobre, o que o Facebook está fazendo não é muito diferente da tática de traficantes de drogas para manter os usuários cada vez mais viciados. Ao perceber que dificilmente os usuários decidam voltar a uma rede social que abandonaram, o Facebook percebeu que deixá-los com gostinho de "quero mais" (ao reduzir a diversidade de publicações do Feed), eles ficarão ainda mais amarrados à rede social, rolando o Feed na ânsia por ver aquelas coisas que antes eram disponibilizadas, mas agora já não aparecem mais.

O mesmo é praticado por traficantes, que eventualmente reduzem a qualidade da droga, ou a quantidade disponível, para que o usuário sempre volte por mais. Afinal, não é do interesse do traficante fornecer tudo de uma vez e causar a morte de um usuário, não é mesmo? E, no caso do Facebook, essa morte é representada por abandonar o uso da rede social.

Ainda não está claro quando tais mudanças começarão a ser aplicadas, tampouco se a coisa já está no processo de mudança e a gente ainda não foi verdadeiramente impactado. Mas é fato que a mudança vai acontecer – a não ser que os investidores do Facebook, que não estão gostando muito da ideia, consigam pressionar Zuckerberg o suficiente para que ele volte atrás em sua decisão. Afinal, tal mudança pode combater a disseminação de notícias falsas, mas acaba prejudicando uma imensidão de produtores de conteúdo genuíno, colocando-os todos no mesmo balaio.

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Fonte: Quartz