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Estudo mostra que mulheres no Twitter sofrem abuso a cada 30 segundos

Por| 18 de Dezembro de 2018 às 14h30

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Estudo mostra que mulheres no Twitter sofrem abuso a cada 30 segundos
Estudo mostra que mulheres no Twitter sofrem abuso a cada 30 segundos
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As redes sociais não são um lugar fácil para as mulheres se fazerem presentes. Um estudo recente da Anistia Internacional, em parceria com a empresa de inteligência artificial Element AI, revelou, porém, que o caldo é bem mais grosso do que nosso paladar imaginava: em 2017, uma mulher sofreu algum tipo de abuso no Twitter a cada 30 segundos.

Segundo o levantamento, o foco dos ataques era direcionado a jornalistas e políticas mulheres presentes na rede social de microblogs, mas também atingia usuárias comuns, que comumente interagiam em posts de assuntos mais voláteis. O estudo critica severamente o Twitter, acusando a empresa de falta de ação para coibir atos e ações abusivas contra suas usuárias.

Trocando em números: cerca de 1,1 milhão de tweets abusivos foi direcionado a membras do Congresso dos Estados Unidos, do Ministério Britânico e jornalistas empregadas por veículos de cunho político/social. O recorte da pesquisa considerou 778 mulheres de alguma expressão na rede, e identificou, em pouco mais de 300 mil páginas, diversos comentários direcionados especificamente às usuárias, contendo alguma forma de ofensa de gênero, sexualidade e/ou raça.

Mais além, aquilo que o estudo chama de “Patrulha de Trolls” é mais propenso a atacar mulheres negras, que constituem uma incidência de 84% mais volume de abusos do que mulheres de pele branca. Segundo Milena Marin, consultora sênior de pesquisas táticas da Anistia Internacional, nada disso é surpresa: “A ‘Patrulha Troll’ significa que temos os dados para comprovar o que as mulheres vêm nos dizendo há tanto tempo — que o Twitter é um lugar onde o racismo, a misoginia e a homofobia são permitidos florescerem sem nenhuma moderação”. Veja exemplos abaixo, mas fica o aviso de gatilho: a linguagem pode ser desconcertante para algumas pessoas.

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Continuando, Marin ainda disse: "Nós descobrimos que, ainda que os abusos sejam mais direcionados a mulheres por todo o espectro político, mulheres negras têm uma tendência bem maior de serem impactadas, tornando alvos desproporcionalmente fáceis. A falha do Twitter em acusar e atacar este problema significa que ele de fato contribui para o silenciamento de vozes que já são normalmente marginalizadas”.

Já não é de hoje que o Twitter vem sofrendo acusações de indiferença frente ao comportamento abusivo: o CEO da companhia, Jack Dorsey, já prestou contas aos usuários sobre supostos esforços da plataforma em ampliar sua vigilância contra o comportamento abusivo em 2018, além de ter também aparecido diante do Congresso dos EUA. Contudo, ainda há pontos a serem questionados, como a demora na tomada de ação contra o conspiracionista do programa Infowars, Alex Jones, e o papel que Dorsey teve nisso.

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O estudo completo está divulgado no site da Anistia Internacional.

Fonte: Anistia Internacional (em inglês)