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Conselho quer limitar controle de Mark Zuckerberg sobre o Facebook

Por| 03 de Junho de 2016 às 09h20

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Os principais acionistas que compõem o conselho do Facebook não estão felizes com o poder de decisão adquirido por Mark Zuckerberg ao longo dos últimos meses que, na prática, dá controle majoritário de voto ao CEO da rede social. Por conta disso, estes integrantes querem remover essa supremacia do presidente-executivo da empresa caso ele decida deixar a administração em algum momento no futuro.

Nesta quinta-feira (2), o conselho do Facebook enviou um documento à U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado nos Estados Unidos. No arquivo, o conselho da rede social afirma que pedirá a seus acionistas que votem uma proposta que converteria as ações de classe B de Zuckerberg em papéis de classe A, caso ele não esteja mais em uma posição de liderança

Até ontem, Zuckerberg detinha cerca de 4 milhões de ações classe A e por volta de 419 milhões de ações classe B, representando em conjunto cerca de 53,8% do poder de voto total em circulação e 14,8% do total de interesses econômicos em circulação.

A medida proposta tem como objetivo certificar que os poderes de gestão de um futuro chefe do Facebook não sejam ilimitados. "Esses são novos termos para garantir que não permaneceremos uma companhia controlada por seu fundador depois de deixarmos de ser uma empresa liderada pelo fundador", disse o conselho no documento. A votação do projeto acontecerá na assembleia geral anual do Facebook, no próximo dia 20 de junho.

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No final de abril, o Facebook passou por um intenso processo de reestruturação interna que promoveu mudanças principalmente no corpo administrativo da rede social. Essas mudanças estipularam dois novos tipos de ações — as A e B — e, em eventuais tomadas de decisão, ambas precisam de poder de voto.

Ao longo dos últimos dois anos, Mark Zuckerberg adquiriu novas ações, mas manteve apenas aquelas que possuem poder de voto. Como o executivo detém mais da metade desses papeis, ele tem o controle total sobre a empresa e terá a palavra final em qualquer decisão futura de sua companhia. Além disso, mesmo que ele venda a maior parte de sua participação no Facebook, ele ainda teria o poder de votar sobre o que pode ou não ser aprovado.

Embora os acionistas estejam preocupados sobre o que pode representar tanto controle nas mãos de Zuckerberg, o executivo de 32 anos afirmou em entrevistas recentes que seu objetivo em possuir milhões de ações é para garantir que o dinheiro seja usado para fundos importantes no futuro. Um deles é para causas filantrópicas, já que Zuck e a esposa, Priscilla Chan, vão doar 99% de suas ações na rede social — o equivalente a US$ 45 bilhões — ao longo de suas vidas para projetos de cunho humanitário.

Fonte: Reuters