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Comissário neozelandês: “Facebook é liderado por mentirosos moralmente falidos"

Por| 10 de Abril de 2019 às 08h59

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Comissário neozelandês: “Facebook é liderado por mentirosos moralmente falidos"
Comissário neozelandês: “Facebook é liderado por mentirosos moralmente falidos"
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O atentado da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, deixou feridas bem profundas no país, e o Comissário de Segurança e Privacidade John Edwards sabe muito bem para onde direcionar essa angústia. O oficial governamental usou seu perfil no Twitter para acusar o Facebook de ser conivente com a sua plataforma sendo usada como vetor para a transmissão de atentados e crimes, chamando-os de “mentirosos moralmente falidos”.

“O Facebook não é confiável. Eles são mentirosos patológicos moralmente falidos, que são permissivos com genocídio e facilitam que instituições democráticas estrangeiras sejam minadas”, disse o comissário no primeiro tuíte.

“O Facebook permite a transmissão de suicídios, estupros e assassinatos, continuamente servindo de hospedagem e publicação dos ataques às mesquitas, permitem que anunciantes veiculem publicidades para ‘odiadores de judeus’ e outros segmentos odiosos de mercado, além de recusarem-se a aceitar qualquer responsabilidade por tais conteúdos e seus danos”, esbravejou nas publicações seguintes.
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As postagens foram excluídas pouco depois, e Edwards publicou um outro tuíte explicando a sua posição: “Eu apaguei os tuítes que promoviam minha discussão sobre a entrevista de Mark Zuckerberg por causa do tráfego tóxico e de desinformação que eles geraram”.

A “entrevista” em questão é uma em que o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, responde à emissora americana ABC News (vídeo abaixo) e assegura que a rede social estava aprimorando seus algoritmos de detecção para perceber a publicação de conteúdos ofensivos e criminosos em sua rede social.

Os atentados de Christchurch foram transmitidos por aproximadamente 30 minutos antes da moderação do Facebook perceber e cortá-lo. A morte de 50 pessoas e o ferimento a tiros de outras 50 foram ambos registrados no vídeo, que vem sendo removido não apenas do Facebook, mas de outras plataformas de vídeo também.



O comissário acusou Zuckerberg de ser “insincero” em sua entrevista, alegando que “ele não pode nos dizer — ou não quer nos dizer — quantos suicídios foram transmitidos, quantos assassinatos, quantos ataques sexuais…”. Ele ainda diz que pediu por esses dados à rede, mas não foi atendido.

Fonte: The Verge; ABC News