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Com habeas corpus, vice-presidente do Facebook é solto pelo Tribunal de Justiça

Por| 02 de Março de 2016 às 09h46

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Com habeas corpus, vice-presidente do Facebook é solto pelo Tribunal de Justiça
Com habeas corpus, vice-presidente do Facebook é solto pelo Tribunal de Justiça
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O vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan, teve seu recurso de habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Sergipe no início da manhã desta quarta-feira (02) através do desembargador Ruy Pinheiro da Silva. Dzodan foi preso no início da manhã de terça-feira (1), em São Paulo, devido ao descumprimento de uma determinação judicial que exigia que o Facebook quebrasse o sigilo de mensagens trocadas através do WhatsApp, adquirido pela empresa há cerca de dois anos. "Inexistem provas concretas de que o paciente tenha agido com predisposição de embaraçar ou impedir as investigações para favorecer a organização ora investigada", afirmou Pinheiro.

O pedido de habeas corpus foi solicitado pelos advogados do Facebook na noite desta terça-feira e distribuído ao plantão judiciário. O vice-presidente passou a noite no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, para onde foi levado para prestar depoimentos à Polícia Federal. Após a concessão do habeas corpus, o executivo precisa apenas de um Alvará de Soltura para que possa ficar em liberdade. De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Sergipe, esse documento pode ser emitido a qualquer momento.

O pedido de prisão de Dzodan foi expedido pelo juiz Marcel Maia Montalvão, da Vara Criminal de Lagarto, em Sergipe, motivado pelo descumprimento do Facebook a uma ordem judicial. Segundo a Polícia Federal, a prisão preventiva do executivo aconteceu por conta de "reiterado descumprimento de ordens judiciais em investigações que tramitam em segredo de justiça e que envolvem o crime organizado e o tráfico de drogas". A investigação do caso que resultou na prisão do executivo é mantido em segredo de justiça.

Em comunicado, o WhatsApp discorda da "medida extrema" adotada pela justiça brasileira. De acordo com o aplicativo, é impossível fornecer as informações exigidas pela Justiça. "Estamos desapontados pela Justiça ter tomado esta medida extrema", afirmou a empresa. "O WhatsApp não pode fornecer informações que não tem. Nós cooperamos com toda nossa capacidade neste caso, e enquanto respeitamos o trabalho importante da aplicação da lei, nós discordamos fortemente desta decisão". A nota ainda afirma que o aplicativo não armazena as mensagens dos usuários, apenas as mantém até que sejam entregues. "A partir da entrega, elas existem apenas nos dispositivos dos usuários que as receberam".

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Em caso similar em 2012, Fábio Coelho, o diretor-geral do Google Brasil, foi preso pela Polícia Federal após a empresa se negar a retirar do YouTube um vídeo que abordava acusações contra um candidato à prefeitura da capital sul-mato-grossense de Campo Grande.

Fonte: BBC