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CEO do Twitter defende ações da rede contra fake news

Por| 20 de Agosto de 2018 às 12h39

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As redes sociais estão lidando como podem com um problema bem atual: as fake news — textos ou publicações que contêm informações conspiracionais, mal apuradas ou totalmente falsas — vêm tomando-as de assalto há anos, mas relatos se intensificaram durante as eleições presidenciais norte-americanas de 2016, que elegeram Donald Trump à Casa Branca (e, no Brasil, desde poucos meses antes do impeachment da então presidente Dilma Rousseff). A maioria prefere banir usuários responsáveis por compartilhar conteúdo falso, mas, remando contra a maré, Jack Dorsey, CEO e cofundador do Twitter, prefere tomar atitudes mais brandas contra perfis potencialmente ofensivos.

Em entrevista recente à CNN, Dorsey tentou explicar o motivo de não seguir a mesma linha prática de outras redes. Segundo o executivo, não é a intenção do Twitter ser visto como um “árbitro da verdade” e que a empresa não dispõe dos recursos necessários para revisar todo o conteúdo postado em busca de inverdades.

Dorsey categoricamente negou as afirmações feitas pelo presidente Donald Trump de que o Twitter estaria censurando conteúdo de cunho conservador. Ele reconheceu que a rede de microblogs “tende à esquerda”, mas comentou que essa é justamente a razão pela qual ele é cuidadoso ao evitar qualquer interpretação de que a empresa tome lados. O executivo também aproveitou a entrevista para negar qualquer supervisão prévia de conteúdos postados na rede de microblogs.

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O caso mais recente enfrentado pelo Twitter é o de Alex Jones e seu canal conspiracionista de extrema direita Infowars. Por todo o mês de agosto, Jones viu seus perfis pessoais e páginas do Infowars serem banidos de diversos canais, como iTunes, Facebook, Spotify e diversos outros distribuidores de conteúdo. O Twitter, porém, preferiu colocá-lo no que a empresa chama de “modo leitura”, onde suas contas ainda estão ativas, mas ele não pode engajar com usuários nem gerar conteúdo de qualquer espécie. Isso gerou protestos na rede por usuários que pedem pela total suspensão do apresentador. Há alguns dias, Dorsey publicou um tweet dizendo que Alex Jones simplesmente “não violou nenhuma regra” da rede.

No Brasil...

Em terras tupiniquins, as redes sociais, em sua maioria, limitam-se a agir contra fake news mediante denúncias de usuários. As estruturas locais também não monitoram ativamente os conteúdos publicados e qualquer ação depende do tipo de interação entre as contas após a publicação de algo duvidoso.

Isso dito, há algumas medidas em jogo, possivelmente em virtude das eleições presidenciais de outubro. O Facebook anunciou em abril uma parceria com agências de checagem de fatos para averiguação e apuração de dados publicados em notícias de cunho duvidoso. Não é um combate direto, mas sim uma forma de desmentir dados que não corroborem a verdade segundo pesquisas oficiais.

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Também há um projeto de lei (PL 473/2017) de autoria do senador Ciro Nogueira, do Partido Progressista do Piauí, que altera o código penal para punir com até três anos de reclusão pessoas que, sabidamente, compartilham notícias falsas relacionadas a assuntos de interesse público.

Fonte: CNN (YouTube)