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Facebook estaria testando envio de dinheiro pelo Messenger

Por| 06 de Outubro de 2014 às 12h22

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Facebook estaria testando envio de dinheiro pelo Messenger
Facebook estaria testando envio de dinheiro pelo Messenger
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Em meio a funcionalidades voltadas para saúde e fitness, os meios de pagamento são a segunda coqueluche do mercado mobile. A Apple está entrando nesse mercado, o Google já está nele e o PayPal, do eBay, é um dos principais nomes estabelecidos nesse segmento. Mas, pelo que indica uma série de screenshots vazadas, essa lista será incrementada também pelo Facebook em breve.

De acordo com as descobertas do especialista em segurança Jonathan Zdziarski, já existem códigos ocultos no Messenger da rede social para permitir, em algum momento, o envio de dinheiro diretamente para os amigos. A novidade foi encontrada na versão iOS da aplicação e estava devidamente desabilitada, tendo sido encontrada com o uso do CyCrypt, um software usado para análise de código-fonte a partir de um equipamento iOS com Jailbreak. As informações foram publicadas pelo TechCrunch.

Apesar de não estar funcional, a novidade pode ser vista em uma série de capturas de tela e em um vídeo. A ideia também já havia sido comentada antes por Mark Zuckerberg durante uma conferência de divulgação de resultados do Facebook. Na época, o CEO da rede social disse que enviar dinheiro via internet deveria ser tão simples e rápido quanto a troca de mensagens ou conteúdo de mídia e que a empresa estaria de olho nesse mercado para uma possível entrada em um futuro próximo.

Essa chegada parece estar mais próxima do que todos imaginávamos. Os achados de Zdziarski mostram um sistema que, pelo menos do ponto de vista de interface, já está pronto e completamente integrado ao Facebook. O cartão usado, por exemplo, é o mesmo que já estaria cadastrado na rede social para a realização de compras in-app ou aquisição de espaços publicitários para as páginas.

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Aqui, porém, há uma diferença em relação a outros players do mercado: a exigência é o uso de cartões de débito. Como se trata de uma informação não divulgada oficialmente, pouco se sabe sobre ela, mas o especialista arrisca que a indicação tem a ver com as taxas menores cobradas pelas operadoras desse tipo de transação, além do fato de que compras e remessas de dinheiro feitas no crédito levam alguns dias para serem faturadas, enquanto o Facebook deseja que o envio seja feito de forma instantânea e simples.

A ideia também levantou rumores de que o meio de pagamento do Facebook isente os usuários constantes de taxas, cobrando-as apenas na primeira utilização, ou então de tempos em tempos. Assim, a empresa já estaria um passo à frente de seus principais concorrentes, o que incentivaria a utilização de sua própria solução em vez de outras que já estão consagradas no mercado, como o PayPal.

Falando no PayPal, Zdziarski disse também ter encontrado menções ao meio de pagamento no código da função, mas que ela não pode ser habilitada por meio da interface de usuário. Pode ser uma indicação de que o sistema pode vir até mesmo a ser integrado à novidade em um futuro próximo, dando ainda mais versatilidade para os usuários no envio de dinheiro. Da mesma forma, também existem citações ao uso direto de contas bancárias ou cartões de crédito, já que a ideia de restringir os utilizadores a apenas uma forma de pagamento pode não ser muito inteligente para o Facebook.

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Briga de gente grande

O especialista responsável pela descoberta também prevê que a novidade pode causar um pouco de dor de cabeça para os bancos. Por mais que meios de pagamento online e remessas de dinheiro de pessoa para pessoa já sejam uma realidade, taxas sempre estão inclusas e todo o processo exige a abertura de contas em serviços e um processo de verificação que pode ser assustador para alguns.

A integração ao Facebook, porém, garante que todos com uma conta na rede social também estejam com meio caminho andado para a utilização do sistema. E como o meio utilizado inicialmente são os cartões, a utilização do mecanismo seria ainda mais facilitada, já que bastariam poucos cliques para que o dinheiro fosse enviado de pessoa para pessoa.

Zdziarski cita as empresas de câmbio e bancos internacionais como uma das principais afetadas pelo movimento. Hoje, depositar dinheiro para alguém no mesmo país é tarefa simples, mas fazer o mesmo para alguém que se encontra fora das fronteiras é um processo bem mais complicado, que também envolve altas taxas e burocracias. Com sua novidade, o Facebook tem um potencial simplificador e poderia acabar interferindo nos negócios de tais instituições.

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Mas, por enquanto, tudo permanece no campo do “talvez”. A aplicação de um meio de pagamento no Facebook, apesar de já ter sido comentada, ainda não é oficial. E a empresa, claro, não se pronunciou oficialmente sobre os achados do especialista em seu aplicativo de mensagens.