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63% dos LGBTQ+ nos EUA já foram vítimas de discurso de ódio online, diz pesquisa

Por| 14 de Fevereiro de 2019 às 22h40

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ADL/Divulgação
ADL/Divulgação

Uma pesquisa feita pela Anti-Defamation League (ADL, ou Liga Anti-Difamação, traduzindo literalmente) nos Estados Unidos apontou que as pessoas LGBTQ+ são os principais alvos de assédio online. Cerca de 63% desse público afirmaram que sofreram "hate" nas redes sociais por conta de suas identidades e sexualidades, seguidos pelos muçulmanos (35%), hispânicos (30%), afro-americanos (27%), mulheres (24%), asiáticos-americanos (20%) e judeus (16%).

O relatório levantou números preocupantes sobre o assédio online no país: 37% dos norte-americanos afirmaram que sofreram severamente ódio e assédio online no ano passado, incluindo assédio sexual, perseguição, ameaças físicas ou assédio constante. O número representa um grande aumento considerando os 18% que relataram essas experiências em 2017.

A plataforma mais “tóxica” varia de acordo com a frequência de uso. De todos os entrevistados que foram assediados online, 56% relataram que pelo menos parte de seu assédio ocorreu no Facebook, seguido por Twitter (19%), YouTube (17%), Instagram (16%) e WhatsApp (13%). Mas quando limitamos os dados aos usuários que acessam diariamente uma das plataformas, o Twitch dispara na frente, com 47%, com Reddit (38%), Facebook (37%) e Discord (36%) em seguida.

A pesquisa foi conduzida com 1.134 pessoas entre os dias 17 e 27 de dezembro de 2018, pela YouGov. Do total de pesquisados, 53% relatam ter experimentado qualquer tipo assédio online. "É profundamente perturbador ver quão predominante é o ódio online e como isso afeta tantos americanos", afirma o CEO da ADL, Jonathan Greenblatt.

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“Ódio virtual não se limita ao que está apenas atrás de uma tela; pode ter graves efeitos na qualidade de vida cotidiana — tanto online como offline. As pessoas estão sentindo ódio e assédio online todos os dias e algumas até estão mudando seus hábitos para evitar o contato com seus assediadores”, completa Greenblatt.

Como consequência do que sofreram, 38% dos entrevistados interromperam, reduziram ou alteraram suas atividades online, enquanto 18% tentaram entrar em contato diretamente com a plataforma para uma reclamação formal, e 6% acionaram a polícia ou a Justiça.

O relatório da ADL também inclui ações que os formuladores de políticas públicas e empresas de tecnologia podem adotar para reduzir o discurso de ódio nas redes. Para os pesquisados, as plataformas deveriam fazer mais para combater o assédio (84%), com filtros mais eficazes (81%) e maneiras mais fáceis de se denunciar conteúdo tóxico (76%).

Fonte: Anti-Defamation League