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90% do conteúdo pago do YouTube e Pinterest não é transparente, diz estudo

Por| 27 de Março de 2018 às 11h23

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90% do conteúdo pago do YouTube e Pinterest não é transparente, diz estudo
90% do conteúdo pago do YouTube e Pinterest não é transparente, diz estudo
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Um estudo da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, revelou que 90% do conteúdo patrocinado postado no YouTube e Pinterest não acompanha avisos de que aquele, efetivamente, é um post pago. O principal foco da pesquisa foi sobre os links de afiliados, uma das tantas modalidades de monetização pelas quais as duas plataformas exigem a transparência total.

Não se trata apenas de uma questão ética, com o criador sendo obrigado a informar à audiência quando o assunto está sendo abordado mediante pagamento ou com a inclusão de afiliações desse tipo. Em países como os Estados Unidos, esse alerta é obrigatório – uma lei que, muitas vezes, é ignorada ou não é atendida na íntegra, com o aviso sendo feito de maneira irregular ou oculta.

Tais casos também foram incluídos pela universidade na conta de conteúdos que não informaram aos usuários sobre a presença de conteúdo pago. Em alguns casos, por exemplo, a indicação sobre isso apareceu no final da descrição ou foi citada rapidamente pelo criador como uma forma de apoiar seu trabalho, sem indicar exatamente como esse suporte aconteceria.

Entre as categorias de conteúdo que mais apresentaram conteúdo patrocinado, nenhuma surpresa. No YouTube, 3,6% dos vídeos pagos estão na categoria de Ciência e Tecnologia, enquanto outros 3,4% aparece em Estilo de Vida. Já no Pinterest, a líder absoluta foi a seção de Moda Feminina, com 4,6% das ocorrências, seguida por Produtos em geral, com 2,2%, em empate técnico com Cabelo e Beleza, com 2%.

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Os pesquisadores também descobriram que vídeos patrocinados possuem mais engajamento do que os tradicionais, provavelmente por, muitas vezes, se referirem a produtos específicos, em vez de análises genéricas. Isso também está presente na atuação de algoritmos, com tais conteúdos sendo mais sugeridos aos usuários.

De acordo com o estudo, apenas 1,8% do conteúdo do YouTube e 2,4% das publicações do Pinterest seguem as regras federais americanas de transparência quanto ao conteúdo patrocinado. No restante dos que tiveram o trabalho de elencar a presença desse tipo de material em seus trabalhos, algumas normas não foram seguidas ou, então, são oriundos de territórios em que tais legislações não existem.

A pesquisa da Universidade de Princeton analisou 500 mil vídeos do YouTube e dois milhões de publicações do Pinterest.

Fonte: Universidade de Princeton