Stanford está desenvolvendo baterias com "extintor de incêndio" embutido
Por Rafael Romer | 16 de Janeiro de 2017 às 16h34
Um pouco tarde para a Samsung e seu Galaxy Note 7 explosivo, mas ainda em tempo de evitar futuros problemas, um grupo de pesquisadores da Universidade de Stanford revelou na última sexta-feira (13), em um artigo publicado na Science Advances, que está desenvolvendo novas baterias com um "extintor de incêndio" embutido.
As novas baterias serão exatamente iguais a modelos já existentes de lítio, mas trarão uma pequena cápsula interna desenvolvida pelos pesquisadores contendo Fosfato de trifenila, um composto químico capaz de extinguir chamas.
A ideia é que a cápsula derreta sozinha caso a bateria atinja uma temperatura superior a 150 graus Celsius, liberando o composto no interior da bateria e apagando as chamas em até 0,4 segundos.
"Embora a densidade de energia das baterias continuem a aumentar, problemas de segurança – por exemplo, incêndios e explosões – associados ao uso de eletrólitos orgânicos líquidos altamente inflamáveis continuam sendo um grande problema", escreve o grupo na publicação.
Essa não é a primeira tentativa de se embutir o composto extintor em baterias, mas até o desenvolvimento da nova cápsula "inteligente" pelo grupo, o processo era considerado inviável por prejudicar a performance elétrica de dispositivos.
Fonte: BBC, Science Advances