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Pesquisa revela que games mobile estão em declínio - inclusive no Brasil

Por| 30 de Janeiro de 2017 às 20h50

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Jogos para dispositivos móveis estão perdendo popularidade rapidamente entre consumidores, revelam dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Yahoo e coletados através de sua plataforma de analytics mobile, Flurry.

De acordo com a empresa, a tendência de queda no número de interações com jogos móveis já estava sendo observada há algum tempo e tem relação com a maturidade do mercado de aplicativos e com mudanças na forma como usuários se engajam com os games.

Em 2016, o número de "sessões" de consumidores com jogos para tablets e smartphones caiu 15% no mundo inteiro – de 450 bilhões de sessões para 380 bilhões. No Brasil, a queda foi um pouco menor, de 10%.

Globalmente, apenas três das dez categorias de apps avaliadas pelo Flurry apresentaram quedas nos números de sessões no ano passado. Além de games, apps para a "personalização" do sistema operacional (queda de 46%) e de notícias/revistas (queda de 5%), também perderam participação nos smartphones de usuários. Além disso, especificamente no Brasil, apps de produtividade ainda observaram uma queda de 20% no número de sessões.

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Do outro lado do ranking, aplicativos de Mensageria e Esportes ficaram entre os que mais cresceram em sessões no período, com, respectivamente, acréscimos de 44% e 43% no mundo inteiro. No Brasil, aplicativos de compras foram os que mais ganharam espaço junto aos usuários, com um crescimento de 111% no número de sessões em relação ao ano anterior.

Além da queda, jogos também apresentaram uma retenção consideravelmente menor de usuários quando comparados com outros aplicativos. Tanto entre usuários Android e iOS, categorias como "Jogos de Ação" e "Jogos para Famílias e Crianças" observaram índices menores que 10% de retenção de usuários após 30 dias da instalação. Na outra ponta, apps como serviços de meteorologia mantém um alta retenção em ambas plataformas: 35% no Android e 28% no iOS.

"Os desenvolvedores de jogos pavimentaram o caminho para a monetização, foram os primeiros que implementaram publicidade móvel, compras em apps", explicou Chris Klotzbach, diretor do Flurry, ressaltando o pioneirismo do setor. "Eles estabeleceram muitos dos hábitos e comportamentos que temos no nossos smartphones".

Para Klotzbach, no entanto, agora o setor precisa de uma nova "graça" para conquista novamente espaço junto aos consumidores, que tendem agora a perder rapidamente o interesse por títulos móveis.

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Um dos grandes exemplos desse fenômeno foi Pokémon GO, game que atingiu um pico de usuários uma semana após seu lançamento e já havia perdido 79% de sua base de jogadores após dois meses. "A indústria de jogos é guiada por grandes hits, e nos últimos dois anos nós não vimos muitos novos hits", avaliou Klotzbach.