Lixo eletrônico pesará mais do que o Pão de Açúcar em uma década
Por Patricia Gnipper | 12 de Julho de 2017 às 16h33
Sabe o morro do Pão de Açúcar, ponto turístico do Rio de Janeiro? Ele pesa mais ou menos 580 milhões de toneladas e, em doze anos, a quantidade de lixo eletrônico produzido em todo o mundo atingirá o mesmo peso.
Até o final de 2017, o lixo eletrônico produzido no mundo chegará à média de 50 milhões de toneladas. Cerca de 1,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico mundial, que vem a partir do setor da informática, são provenientes do Brasil, que vem reciclando somente 2% do total produzido. Já em todo o mundo, as estimativas da ONU são de que apenas 13% do lixo seja reciclado.
Contribuem para com o acúmulo de lixo eletrônico o descarte incorreto de equipamentos, que favorecem a contaminação do solo, da água e do ar com seus metais pesados e substâncias tóxicas que afetam pessoas, animais e plantas. Metais como cádmio, chumbo, bromo, cobre e níquel compõem uma parte desses equipamentos, em especial no que diz respeito ao hardware. E, quando descartados em grande quantidade em lixos comuns, elas se alastram pelo ambiente, podendo causar feridas, cânceres, doenças respiratórias e até demência em seres humanos.
O Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro está promovendo, pelo quinto ano consecutivo, uma campanha para a coleta e reciclagem desses dispositivos. A expectativa é de atingir a meta de coletar três toneladas de lixo eletrônico no estado, e encaminhar tudo para a reciclagem. E o mesmo vale para pilhas e baterias, que são encaminhadas para empresas especializadas.
Já as placas e materiais complexos são transportados para o exterior de forma legal, porque, aqui no Brasil, não existem estruturas privadas ou públicas para processar esses componentes, mesmo que nosso país tenha uma Política Nacional de Resíduos Sólidos.