Dilma afirma que Uber tira emprego de taxistas
Por Felipe Demartini | 02 de Setembro de 2015 às 15h29
Durante um discurso feito para jornalistas em Brasília, a presidente Dilma Rousseff criticou brevemente o Uber, afirmando que o serviço “tira o emprego de muitas pessoas”, citando diretamente os taxistas, que teriam seu mercado diminuído. Para ela, o aplicativo tem um gerenciamento complexo e depende de regulamentação em cada cidade e estado nos quais estiver operando.
Apesar disso, ponderou que a responsabilidade por criar regras e normas para os serviços do Uber no Brasil não é da União. A declaração vem, inclusive, em resposta à reivindicação de sindicatos e uniões de motoristas que, há meses, cobram das autoridades um posicionamento contra o Uber, que chegou a ser proibido judicialmente em algumas praças, mas, atualmente, tem sua atuação liberada em todo o país.
No Brasil, a plataforma funciona em quatro cidades – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Apesar disso, a iminente e possível chegada do aplicativo a outros municípios já vem gerando reações inflamadas de motoristas, que em cidades como Curitiba, Salvador e Vitória, também já foi motivo de protestos.
É um assunto que vem dividindo opiniões e legislações. No Rio de Janeiro, por exemplo, o prefeito Eduardo Paes estabeleceu multa de R$ 1,3 mil para motoristas que estejam transportando passageiros sem as devidas autorizações. Já no Distrito Federal e em São Paulo, tribunais vetaram projetos de lei ou liminares que proibiam o funcionamento do Uber, apesar de terem intensificado a fiscalização contra o transporte irregular.
A empresa, por outro lado, se posiciona negando a ideia de ser um serviço de transporte. O Uber afirma fornecer apenas a tecnologia que conecta passageiros e motoristas, estes, profissionais do setor. A plataforma exige uma série de requisitos, como seguro e determinadas condições no veículo, para que possam fazer parte do sistema.
Fonte: UOL