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Como "sobreviver" a uma viagem usando apenas um smartphone e os apps certos

Por| 15 de Maio de 2017 às 08h18

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Como "sobreviver" a uma viagem usando apenas um smartphone e os apps certos
Como "sobreviver" a uma viagem usando apenas um smartphone e os apps certos

A tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, seja para fins pessoais ou profissionais. Há quem diga que ela nos tornou mais ágeis e produtivos, enquanto outros acreditam que ela é responsável pelo aumento da procrastinação. Apesar dessas opiniões divergentes, é inegável que a popularização da internet, a consolidação dos smartphones como equipamentos que são praticamente extensões do nosso corpo e o surgimento dos mais diversos tipos de serviços online vêm nos ajudando a resolver os famosos "pepinos" do cotidiano.

Mas será que a tecnologia realmente evoluiu e chegou ao ponto de podermos dispensar a interação com outras pessoas? Para responder a isso, fiz uma experiência: saí do calor de Natal/RN e fui ao escritório do Canaltech, em São Bernardo do Campo/SP, dependendo apenas de aplicativos para "sobreviver" a uma viagem de três dias. Planejamento, hospedagem, transporte e alimentação -- deixei tudo isso nas mãos dos apps que encontramos na Google Play e na App Store.

Se eles foram suficientes ou eu tive que dar uma "ligadinha" para confirmar uma coisa ou outra, você confere a seguir.

Em busca da passagem mais barata

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Viajar para o sul/sudeste saindo de Natal não é uma das coisas mais baratas, e tudo fica mais caro quando você decide fazer isso em cima da hora. Por isso, ferramentas de comparação de preço de passagens são verdadeiros coringas e podem lhe ajudar a encontrar as melhores ofertas, que geralmente passam longe daquelas listadas nos sites das companhias aéreas.

Nessa tarefa o Google Voos é imbatível. O serviço da gigante da internet não só busca os valores do seu próximo destino, como também tem vários filtros e recursos que podem lhe ajudar no planejamento da viagem com tantos detalhes quanto você quiser.

Assim como o buscador padrão da empresa, aqui o visual é bastante objetivo e o foco são os resultados que a pesquisa retorna, indicando até mesmo o espaço disponível para as pernas em cada voo. A partir deles, é possível fazer a reserva diretamente com a companhia aérea ou com um site especializado em viagens, que normalmente aceita pagamento parcelado. Nenhum percalço: passagens pagas e cartões de embarque impressos em alguns minutos sem interação com ninguém.

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Aproveitando que estamos falando de passagem aérea, vale a dica: todas as companhias aéreas nacionais já permitem realizar o check-in através de seus respectivos aplicativos. Fazendo seu check-in online, você evita perder tempo naquela fila gigantesca que se forma no balcão da empresa. Caso tenha bagagem para despachar, é só se dirigir a um balcão exclusivo de despacho, que quase nunca tem ninguém; do contrário, é só se dirigir direto para o embarque.

Hospedagem pelo melhor preço

Com as passagens em mãos, chegou a hora de procurar uma acomodação nas intermediações do escritório do Canaltech. E embora haja uma infinidade de ferramentas online para isso, com algumas catando preços em vários sites diferentes, a Booking.com sempre aparecia nas buscas com os melhores preços. Então concentrei minhas buscas lá.

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O único porém é que o layout do site da Booking não é dos melhores, podendo assustar e intimidar quem não tem familiaridade com esse tipo de ferramenta. Se esse for o seu caso, a dica é recorrer ao app da Booking (Android | iOS) para dispositivos móveis, que tem elementos visuais mais organizados e é tão informativo quanto o site.

Optei pelo aplicativo e logo vi que o forte da Booking são as descrições bem detalhadas das acomodações e um sistema de avaliação com opiniões de pessoas reais que já se hospedaram naqueles lugares, o que confere transparência e segurança a todo o processo. Também ajuda o fato de a ferramenta informar as principais atrações nos arredores do local onde você ficará -- algo essencial principalmente para quem está indo a uma determinada cidade pela primeira vez.

Além disso, as opções de filtro ajudam a refinar os resultados e a encontrar exatamente o que você procura. No meu caso, precisava de um hotel com uma boa conexão Wi-Fi para tocar algumas pautas mesmo quando não estivesse no escritório, e a Booking permitiu fazer isso marcando a opção "Você vai viajar a trabalho?".

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Entre pousadas, albergues e até casas de árvore, fiquei com o tradicional hotel. Mesmo no aplicativo móvel, o processo de reserva é bastante simples e basta alguns toques para resolver tudo. A confirmação e todos os detalhes da reserva chegam logo na sequência, por e-mail. Em caso de dúvidas, a Booking ainda fornece um formulário para contatar a propriedade diretamente, mas isso não foi necessário, já que tudo correu sem dores de cabeça, sem contato com absolutamente ninguém.

Vou de táxi? Uber? Cabify?

Com passagem e hospedagem garantidos, havia chegado a hora de descobrir qual o melhor serviço para se locomover nesses três dias longe de casa. Atualmente, há uma abundância quase que absurda de aplicativos de transporte à disposição do usuário, e é difícil abraçar um e torná-lo seu favorito.

Em Natal, esse dilema é um pouco menor, pois há apenas duas opções: táxis, com apps como 99 e Easy Taxi; e Uber. Como as tarifas de táxi são pelo menos 40% mais caras que as do serviço norte-americano por aqui, o Uber sempre desponta como a melhor opção para quem busca pelo melhor custo-benefício. Em São Paulo, entretanto, a oferta é bem mais ampla e encontrar o melhor preço exige pesquisa.

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Uber, 99, Easy Taxi e Cabify (Android | iOS) disputam cada centímetro de mercado no estado paulista e sempre há uma promoção em pelo menos um desses serviços. Então como saber qual o mais em conta? A dica é usar o app Vah (Android | iOS), que compara os valores das corridas nesses quatro aplicativos e em todas as modalidades do Uber.

E apesar de essa ferramenta ser bastante útil, em absolutamente todos os trajetos o Uber (Android | iOS) foi o serviço que apresentou os melhores preços. Em alguns casos, a categoria Uber Select, que conta com carros mais novos e ligeiramente mais confortáveis que os do UberX, custava cerca de 15% menos que o Cabify, seu principal concorrente.

Além do preço, outros fatores contam pontos para o Uber: o aplicativo é fácil de usar e exige poucos toques para iniciar uma viagem; os motoristas estão por todas as partes, o que raramente faz a espera ultrapassar os cinco minutos; e há um leque variado de opções de pagamento, apesar de o cartão de crédito ser a mais prática e segura de todas.

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Porém, foi justamente aqui que um aplicativo não deu conta de intermediar 100% a prestação de um serviço. A área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos fervilha de gente e encontrar alguém ali é um verdadeiro desafio. Com uma multidão esperando seu transporte, o motorista do app não me encontrou e eu não tinha ideia de onde ele estava. Facilitaria bastante se o Uber indicasse a cor do veículo, ou dispusesse de algum outro recurso que ajudasse o motorista indentificar o passageiro. Não rolou, e o motorista teve de me ligar para acertarmos os ponteiros e finalmente iniciarmos a viagem.

Guia turístico na palma da mão

Um dos maiores desafios de qualquer viagem é se habituar a uma nova cidade, saber onde estão os restaurantes e como fazer para chegar a um determinado lugar. Por sorte, hoje não precisamos andar com um mapa gigantesco debaixo do braço nem perguntar as pessoas sobre isso ou aquilo. "Quem tem um smartphone com Google Maps vai a Roma".

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Há algum tempo o aplicativo da Google evoluiu e se transformou num guia turístico completo capaz de indicar restaurantes, bares, lanchonetes, museus e os "melhores points" aos usuários. Assim como todos os serviços da empresa, basta usar a barra de pesquisa e procurar por "Restaurantes", "Shoppings" etc. Outra forma de descobrir o que há nos arredores é explorar o mapa e tocar sobre os estabelecimentos que aparecem à medida que você navega por ele.

Mais do que ajudar a encontrar o que fazer e para onde ir, o Maps fornece informações básicas dos estabelecimentos, como horário de funcionamento, horário de pico e site, traça rotas e até mostra como está o tráfego. E se você estiver em dúvida, ele também exibe fotos e opiniões de pessoas que já foram e avaliaram aquele determinado local. Em alguns casos, até mesmo o cardápio é disponibilizado -- algo que ajuda bastante qualquer pessoa decidir se a visita vale a pena ou não.

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E se faltar energia para ir a um restaurante ou sair para fazer um lanche depois de um longo dia de trabalho? Nesse caso, o salvador da pátria é o iFood. Com visual objetivo e que lembra bastante um cardápio, o app identifica automaticamente a localização do usuário e os restaurantes que fazem entrega ali. A partir disso, é só escolher o que comer, informar como quer pagar e esperar o rango chegar à sua porta.

Em outras palavras, o smartphone abre um novo horizonte de possibilidades não só para viajantes ou trabalhadores em ponte aérea, mas para todo mundo. Com os aplicativos certos, você é capaz de tornar seu dia mais produtivo e simplificar algumas tarefas que antes exigiam longas interações com várias pessoas.

É bem verdade que aqui ou acolá pode ser que seja necessário usar o telefone para o que ele orginalmente foi concebido, mas isso é cada vez mais raro graças aos avanços tecnológicos, automação crescente dos sistemas e o auxílio de inteligências artificiais. Prova disso é que sobrevivi "com o auxílio de aplicativos" a três dias no escritório do Canaltech. Não me perdi, não passei fome e voltei para a familiaridade de Natal desejando apenas um pouquinho do frio que encontrei em São Paulo.