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Guia: como comprar um Ultrabook?

Por| 11 de Abril de 2013 às 09h45

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Guia: como comprar um Ultrabook?
Guia: como comprar um Ultrabook?

Comprar um Ultrabook é mais complicado do que parece num primeiro momento. Eles são consideravelmente mais caros do que um notebook convencional, e, depois de uma pesquisa rápida, descobrimos que a maioria deles traz configurações semelhantes como também visuais parecidos. Então, como escolher entre um e outro? Pensando nisso, montamos um guia detalhado para que você opte por aquele que tenha mais a ver com o seu perfil.

Ultrabooks ou Ultrafinos?

Muitas lojas de departamentos possuem seções diferentes para cada um deles, e há um motivo para isso. O nome "Ultrabook" é uma marca registrada da Intel, que criou esse conceito em 2011 para batizar os modelos finos, rápidos e que trazem somente chips Intel. Fabricantes que querem vender produtos com este selo precisam ser certificados para tal seguindo todos os critérios estipulados pela fabricante de processadores, garantindo um nível mínimo de qualidade e performance.

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Por um lado isso é muito bom, mas acaba encarecendo o produto final já que esse "crivo" da Intel não sai barato para os fabricantes. É ai que entram os Ultrafinos, modelos que não seguem todas as regras para serem Ultrabooks e, por isso, não trazem o selo. Na prática são todos igualmente bons e são capazes de oferecer o mesmo desempenho (em alguns casos até mais), mas apresentam preços consideravelmente menores e uma flexibilidade maior na configuração.

Modelos de entrada

No último ano o mercado brasileiro foi inundado por modelos de entrada que trazem configurações bastante semelhantes. Praticamente todos eles possuem um processador Core i3 (de segunda ou terceira geração), 2 ou 4 GB de memória RAM e uma combinação de disco rígido com um cache SSD. Tirando o cache SSD, essas são especificações de um notebook convencional que custa a metade do preço, então, parece um mal negócio, certo? De forma nenhuma.

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Colocando especificações e benchmarks de lado, Ultrabooks (e Ultrafinos) focam na experiência de uso, não em desempenho bruto. Para tarefas do dia a dia vale mais um conjunto equilibrado do que componentes subutilizados. Por exemplo, alguns notebooks são vendidos com processador forte e placa de vídeo potente junto com discos rígidos convencionais. É a mesma coisa que colocar o motor de um Porsche em um Fusca, já que é sempre o componente mais fraco que define o desempenho para a maioria das tarefas.

Ultrabooks foram desenvolvidos para os usuários comuns que querem trabalhar em qualquer lugar com mobilidade e desempenho, não para o público profissional ou gamer, que precisa de todos os Gigahertz e Gigabytes que a máquina é capaz de oferecer. As especificações acima já são capazes de oferecer uma boa experiência de uso para a maioria das tarefas, com apenas uma exceção: se for comprar um modelo de entrada, escolha modelos com pelo menos 4 GB de memória RAM, pois 2 GB são incapazes de segurar dois aplicativos ao mesmo tempo sem apresentar lentidão.

Saindo do básico

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Para quem pretende investir um pouco mais, há modelos um pouco mais avançados com configurações consideravelmente melhores. Mas, como dissemos acima, o que vale é a experiência. Vale mais investir em um modelo com SSD e recursos adicionais do que escolher outro com um processador melhor e disco rígido com um cache SSD - isso se transformaria em um gargalo durante o uso.

Em nossos testes aqui no Canaltech com uma boa quantidade de Ultrabooks, não percebemos nenhuma diferença entre ter um Core i5 ou Core i7 para a maioria das tarefas, mas o Core i5 é certamente um bom upgrade em relação ao Core i3. Mais do que isso: modelos com Core i5 e SSD se saíram consideravelmente melhores do que outros com Core i7 e a combinação de disco e SSD. Os primeiros entregaram mais performance final para o usuário na maioria das tarefas.

Alguns modelos trazem placas de vídeo dedicadas, que naturalmente oferecem um nível de performance gráfica muito maior, porém, é importante avaliar a necessidade de se ter uma. Além de encarecer o produto final, uma placa dedicada não traz grandes benefícios para tarefas do dia a dia, já que os chipsets integrados atuais já são capazes de executar vídeos de alta definição ou alguma operação um pouco mais pesada.

Recursos adicionais

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No último item mencionamos que os recursos adicionais valem mais do que uma configuração superior, e quais são eles? O primeiro é a qualidade e resolução da tela, ponto que desagrada muitos usuários nos modelos de entrada que normalmente trazem uma tela convencional de 1366x768.

Modelos um pouco mais caros trazem resoluções maiores (chegando a até 1920x1080) e tecnologias melhores (como iluminação WLED, IPS, touchscreen e anti-reflexo), o que certamente são pontos em que vale a pena um investimento melhor. Para quem tiver a oportunidade de ir em uma loja que permita experimentar os modelos, teste de tudo. O teclado é confortável? Possui retroiluminação? O touchpad é preciso? É capaz de substituir um mouse? E o som? É alto e claro ou é abafado?

Visual importa

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Juntamente com os recursos adicionais, é extremamente importante se identificar com o visual do Ultrabook que pretende comprar, e este é um ponto onde os modelos de entrada não são tão atraentes. O design vai muito além da aparência. É importante se imaginar com o Ultrabook em cima de uma mesa ou mesmo no colo para ver como ele se sai em relação ao conforto e ergonomia.

Além disso, é importante não se prender à espessura. Mais fino não significa melhor, e diferenças de 0,1 ou 0,2 milímetros não fazem a menor diferença no dia a dia. Ultrabooks devem ser menores do que 2 centímetros, o que já é bastante fino, então na prática não vale investir muito mais por um modelo que seja exorbitantemente fino. Uma espessura menor significa, em muitos casos, menos bateria, além de uma resistência mecânica menor.

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