Faturamento com dados móveis deve ultrapassar serviço de voz até 2018
Por Joyce Macedo | 26 de Fevereiro de 2013 às 06h05
As operadoras de telefonia móvel devem passar a ganhar mais dinheiro com dados do que com voz até 2018. A previsão é da GSMA, uma associação que representa os interesses das operadoras do setor em todo o mundo.
Um relatório criado pela GSMA visa mostrar algumas das formas como o celular está transformando a vida das pessoas, com destaque para países em desenvolvimento. O estudo diz ainda que serviços móveis de saúde poderiam ajudar a salvar um milhão de vidas na África.
Doenças mortais, como a malária, a tuberculose e a luta contra o HIV receberiam maior ajuda com o uso da conectividade móvel. O relatório foi apresentado durante o Mobile World Congress, evento anual da promovido pela associação que acontece esta semana em Barcelona, Espanha.
Segundo informações divulgadas pela BBC News, áreas como alimentação e educação também podem ser beneficiadas com o uso da tecnologia móvel. Diversas toneladas de alimentos poderiam ser economizadas e salvas por meio de rastreamento de caminhões feito via celular, e também da temperatura das instalações de armazenamento. Isso porque o armazenamento e transporte estragam cerca de 240 toneladas de alimentos todos os anos.
Os carros conectados poderiam salvar uma em nove vidas por meio de serviços de chamadas de emergência, e a medição inteligente poderia reduzir as emissões de carbono em 27 milhões de toneladas - o equivalente a plantar 1,2 bilhão de árvores.
Enquanto isso, telefones celulares, e-readers e tablets poderiam ajudar na educação de mais de 1,8 milhão de crianças em 2017. "Dados móveis não são apenas commodities, eles estão se tornando a alma da nossa vida cotidiana, da sociedade e da economia, com mais e mais pessoas e coisas conectadas", disse Micharl O'Hara, diretor de marketing da GSMA.
A GSMA acredita que até 2014 os Estados Unidos e o Reino Unido devam ver a receita de dados superar a de voz, enquanto na Argentina isso deve acontecer ainda mais cedo, em 2013. Já o Quênia, um dos países mais conectados da África, deve seguir o mesmo caminho em 2016.