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Watch Party do Facebook está sendo utilizado para transmissões ilegais

Por| 10 de Abril de 2019 às 11h53

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O Watch Party, recurso de streaming de vídeo do Facebook, é um grande sucesso, reunindo usuários de todo o mundo. Lançado para todos os usuários em novembro de 2018, ele permite que os usuários "hospedem" eventos de exibição de vídeos com amigos e outras pessoas na rede social, possibilitando que assistam simultaneamente, comentem e reajam em tempo real ao que está na tela. Mas alguns espertinhos estão se aproveitando dessa ferramenta para transmitir filmes e programas como se fosse uma Netflix pirata dentro do Facebook.

E como se não bastassem as transmissões ilegais, alguns grupos "oficiais" surgiram para divulgar esse tipo de serviço, como o "Super Film Club Watch Party" e "Watch Party Cinema", que muitas vezes têm centenas ou até milhares de usuários.

Um outro grupo, o "Watch Party Central Movie Lovers Unite", por exemplo, se autoproclamou abertamente como "um lugar para os amantes de cinema curtirem e discutirem filmes gratuitamente", enquanto outro grupo disse: "É simples a forma como o jogo funciona. Toda sexta-feira um membro escolhe um filme e todos nós assistimos. Vamos então discutir o filme e classificá-lo no post do Rotten Carl Score".

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O Facebook alega que já removeu essas contas, mas muitas outras têm surgido com a mesma finalidade. "Nós dedicamos recursos significativos para tratar e prevenir a pirataria de todos os vídeos no Facebook, inclusive em Watch Parties. Temos várias medidas para lidar com infrações conteúdo, incluindo o nosso programa de notificação e remoção", disse Carolyn Thomas, representante do Facebook, em comunicado enviado ao site Business Insider.

Mesmo assim, nem todos os grupos de Watch Party estão necessariamente envolvidos em violações de direitos autorais. O próprio Facebook tem o direito de transmitir programas de TV como Buffy, Angel e Firefly.

Os criadores de conteúdo profissionais, por outro lado, reclamam há anos de "freebooting", que é quando usuários ilegais copiam vídeos de outras plataformas, como o YouTube, e os enviam para o Facebook sem a permissão deles, gerando seguidores e até monetização.

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A missão declarada do Facebook é "dar às pessoas o poder de construir uma comunidade e aproximar o mundo", mas a adoção da Watch Party por piratas ilustra que os recursos da empresa para construir "comunidade" não estão restritos a usos lícitos. E mais do que isso, representa uma mudança notável na evolução da pirataria.

Historicamente, esse tipo de violação de direitos autorais foi, para a maioria das pessoas, uma atividade fundamentalmente solitária - a decisão de uma pessoa de baixar um vídeo específico ou transmitir um filme. Todos os fóruns com foco em pirataria ou grupos de bate-papo eram em grande parte adjacentes à atividade ilegal, em vez de um componente principal dela.

Mas o Watch Party introduz um aspecto social à pirataria, sem exigir nenhum conhecimento técnico dos usuários. Transforma a pirataria em algo parecido com uma experiência comunitária de streaming, com usuários conversando sobre o conteúdo protegido por direitos autorais durante a reprodução, conectando-se uns aos outros nos comentários ou até mesmo estabelecendo tópicos para discutir o que assistir juntos.

Fonte: Business Insider