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Software que baixava filmes de serviços de streaming sai do ar

Por| Editado por Claudio Yuge | 14 de Janeiro de 2022 às 12h20

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Unsplash / Tech Daily
Unsplash / Tech Daily

Um pedido feito pelos estúdios de cinema de Hollywood levou à retirada do Widevine Dump, um conjunto de scripts que permitia baixar filmes e séries de serviços de streaming como Netflix, Disney+, Amazon Prime Video e outros. Os softwares estavam hospedados no GitHub, que acatou ao pedido judicial das produtoras, feito com base no DMCA, ato que regula os direitos autorais nos Estados Unidos e tenta combater a pirataria.

O projeto era focado em quebrar a proteção Widevine, voltada justamente para proteger o conteúdo do streaming de cópias diretas. De acordo com o site Torrent Freak, não era necessariamente uma criação inédita, mas sim uma coletânea de ferramentas que já circulavam em grupos privados voltados para a disponibilização pública de tais materiais; com a chegada ao GitHub, entretanto, elas se tornaram mais populares e, claro, chamaram mais atenção dos estúdios.

O pedido feito pela MPA, a associação das produtoras de cinema dos EUA, cita a quebra do software proprietário de proteção Widevine, além dos direitos autorais das obras disponíveis nos serviços de streaming, como motivo. A alegação é de que a ferramenta seria usada para disponibilização pública de conteúdo que está disponível em serviços pagos, em uma solicitação aso GitHub que foi registrada em 31 de dezembro, apenas quatro dias depois de o conjunto ser publicado.

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Os softwares foram removidos no mesmo dia, assim como a conta do usuário responsável pela postagem. Entretanto, existem dúvidas se a retirada está efetivamente relacionada à solicitação, já que o responsável pelo Widevinedump já havia afirmado que a disponibilização das ferramentas era temporária, com poucos dias para que os interessados trabalhassem com elas.

Falando ao Torrent Freak em condição de anonimato, o responsável pela publicação disse que o ato é uma retaliação a membros de um grupo fechado no Discord. Ao mesmo tempo, os conjuntos também não estavam disponibilizados de forma completa, já que módulos responsáveis por quebrar a criptografia dos materiais tinham compra necessária para que os arquivos pudessem ser efetivamente baixados do streaming e compartilhados em um formato comum de vídeo.

Pirataria constante

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Como sempre acontece, mesmo após a remoção das ferramentas, outros projetos baseados nos códigos originais começaram a surgir. Entre melhorias ou simples cópias, a enxurrada de forks levou a mais um pedido por parte da MPA, listando 934 repositórios de software e solicitando a retirada de todos do ar sob as mesmas alegações usadas quanto ao Widevinedump original.

Neste caso, não houve retirada voluntária e, ao publicar a solicitação dos estúdios de cinema, o GitHub confirmou ter acatado. Os projetos, agora, exibem uma notificação de remoção por direitos autorais, enquanto aos poucos, outras opções começam a surgir na própria plataforma, um sinal de que, como na maioria dos casos envolvendo pirataria, as retiradas não impedem a prática.

Fonte: Torrent Freak