Serviço de IPTV pirata condenado a pagar US$ 90 milhões é processado novamente
Por Dácio Castelo Branco | Editado por Claudio Yuge | 22 de Março de 2022 às 19h20
Executivos de uma empresa dos EUA que operava um serviço de IPTV (sinal de TV transmitido pela internet) pirata local estão sendo processados pela segunda vez. De acordo com a ação movida por empresas controladoras de direitos autorais, a organização voltou a vender serviços ilegais, mesmo após a condenação anterior, em 2018, proibir os réus de comandarem serviços do mesmo segmento.
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A plataforma pirata em questão, a SetTV, fechou após a condenação em 2018, quando se viu obrigada a pagar uma indenização na casa dos US$ 90 milhões (R$ 442,6 milhões) para a empresa que havia tido os conteúdos reproduzidos de forma ilegal, a DISH Networks.
Os dois réus da ação de 2018, Nelson Johnson e Jason LaBossiere, foram também proibidos, como dito acima, de gerenciarem serviços no mesmo segmento mercadológico da SetTV. Porém, pelo menos um deles está envolvido com a ExpediteTV, Mundo TV e Must TV — versões rebatizadas da SetTV.
O processo acusa às três provedores de serviço do crime de interceptação do sinal de empresas de transmissão, como a própria DISH Networks, já que o conteúdo aparecia até mesmo com a marca d'água da organização, e também de violação de direitos autorais dos detentores.
Até o fechamento dessa matéria, ainda não há data para o julgamento do caso, mas segundo o portal TorrentFreak, a penalização pode chegar a valores maiores do que o de 2018, e ainda abrir novos precedentes para outras ações contra fornecedores desses serviços nos EUA.
TVs piratas também estão no Brasil
Aqui no Brasil, as IPTVs, conhecidas localmente como TV Box, são populares, mas também contam com seus problemas, com um dos mais recentes sendo a identificação de malwares em um dos modelos mais populares no país pela Anatel, o que poderia colocar em risco a rede da população. Além disso, a agência está constantemente realizando apreensões de cargas ilegais do dispositivo.
Ao passo que IPTVs podem ser opções mais baratas, lembramos sempre que ainda se trata de pirataria e, como o caso brasileiro descrito a pouco demonstra, também pode conter ameaças virtuais que podem comprometer redes caseiras de internet e roubar de dados. É sempre importante ter este fato em mente.
Fonte: TorrentFreak