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Nintendo processa vendedores de chips piratas para o Switch

Por| 27 de Maio de 2020 às 19h15

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Sites que revendiam chips de desbloqueio e outras ferramentas que permitem a destrava do Nintendo Switch começaram a sair do ar nesta semana após serem processados pela fabricante. As ações legais fazem parte de uma nova onda de atividades da empresa, anunciada na última semana e voltada, justamente, para lutar contra a pirataria no console.

De acordo com a companhia, nove e-commerces foram acionados judicialmente e, destes, pelo menos seis foram retirados do ar em resposta ao recebimento do processo. Enquanto os sites caíam, clientes também recebiam informes de que as compras de chips e outras ferramentas de desbloqueio realizadas recentemente estavam sendo canceladas, mas sem que nenhum dos marketplaces publicasse notas oficiais sobre um possível encerramento definitivo ou temporário das atividades.

Os alvos são lojas citadas como revendedoras “recomendadas” do Team-Xecuter, equipe responsável pelos hacks do Switch que permitem o desbloqueio. Oficialmente, claro, a desculpa é sempre a liberação do potencial do aparelho e a possibilidade de rodar apps criados por terceiros, mas na prática, hacks desse tipo acabam promovendo a pirataria, com jogos não-oficiais sendo aceitos pela plataforma a partir de modchips, o principal meio de destrava utilizado hoje. Ao mesmo tempo, atualizações do sistema operacional do console são liberadas de tempos em tempos como forma de coibir a prática.

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O que chamou a atenção foi que muitos dos sites que vendem tais componentes estão hospedados ou são operados de fora dos Estados Unidos, o que não impediu o aparente sucesso das ações judiciais. Inicialmente, alguns chegaram a manter seus marketplaces no ar, removendo apenas as listagens de chips e ferramentas ligadas ao Switch, mas, logo depois, cessaram totalmente as atividades. Os domínios, entretanto, não foram assumidos pela Nintendo e as páginas apenas exibem mensagens de erro, sem nenhuma notificação de que o sumiço está relacionado ao processo movido pela fabricante.

Dos nove sites acionados judicialmente, apenas três permanecem no ar, enquanto um quarto ativou um redirecionamento de sua URL para outro site de venda de produtos para desbloqueio que não foi atingido pela ação da Nintendo. Enquanto isso, o Team-Xecuter não falou sobre o assunto, mas também tomou atitudes, simplesmente substituindo as páginas removidas em sua lista de revendedores recomendados por outras que ainda comercializam os chips de desbloqueio e enviam os componentes para o mundo todo.

O Switch não é o único foco dos trabalhos do Team-Xecuter, que há anos vem sendo uma pedra no sapato da Nintendo por causa de hacks de desbloqueio de plataformas como o Wii U e o 3DS. Mais recentemente, o grupo tem informado seus seguidores que uma destrava da versão Lite do Switch está próxima e deve ser publicada em breve, enquanto trabalha, também, em formas de contornar atualizações de software da versão padrão do aparelho para manter os games piratas e aplicativos não-oficiais funcionando.

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A Nintendo não se pronunciou publicamente sobre a onda de ações judiciais. Os sites atingidos também não falaram a respeito, enquanto continuam se proliferando por aí as vendas dos componentes visados pela companhia, inclusive em e-commerces brasileiros, com versões já destravadas do console à disposição ou kits que permitem aos usuários fazerem isso em aparelhos que já possuam.

Fonte: Torrent Freak