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Após processo, Popcorn Time para navegadores volta a funcionar (ou não)

Por| 22 de Outubro de 2015 às 12h02

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Após processo, Popcorn Time para navegadores volta a funcionar (ou não)
Após processo, Popcorn Time para navegadores volta a funcionar (ou não)

Parece que a saga de todo serviço controverso e ligado à pirataria também acontece com a versão para navegadores do Popcorn Time, só que em tempo recorde. Apenas dias depois de ser lançada, a plataforma foi tirada do ar sob ameaças de processo e, menos de 24 horas depois, já está funcionando novamente em um novo domínio e nas mãos de um novo desenvolvedor.

A versão da “Netflix da pirataria” agora funciona a partir do endereço browserpopcorn.biz, mas no momento em que essa reportagem foi escrita encontrava-se mais uma vez fora do ar. O vilão da vez foi o provedor de serviços de hospedagem, de acordo com uma mensagem publicada no domínio, e a promessa é de que tudo voltará a funcionar bem em breve.

O retorno do Browser Popcorn também significa uma mudança na “direção” da plataforma. Sai o criador original, o sérvio Milan Kragujevic, de apenas 15 anos, e entra um “programador veterano, com 35 anos de idade”, cujo nome não foi identificado. O responsável pela concepção original do serviço diz ainda estar envolvido, mas apenas nos bastidores, pelo menos até que a poeira baixe. Apesar disso, ele já admite que esse afastamento pode acabar sendo permanente.

Originalmente, o jovem havia desafiado as associações de direitos autorais ao afirmar que, em seu país, as leis sobre o assunto eram quase inexistentes. As bravatas, porém, não duraram muito, já que o Browser Popcorn foi tirado do ar após poucos dias de funcionamento sob ameaça de um suposto processo. Na mensagem colocada no ar logo após o fim das atividades, Kragujevic culpou a MPAA, a associação americana que representa os interesses dos estúdios de cinema, e disse não ter o menor respeito por tais empresas e seus pedidos de remoção de conteúdo.

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Agora a ideia é utilizar domínios registrados nas Bahamas e provedores de conteúdo da Bulgária, também países com leis pouco claras quanto a direitos autorais. Além disso, outra possibilidade é usar uma arquitetura semelhante à do Pirate Bay, com servidores espalhados pelo mundo e conectados por meio de uma tecnologia de cloud computing para que o serviço continue operando mesmo caso parte de sua infraestrutura deixe de funcionar.

E para quem não faz a menor ideia do que estamos falando, aí vai o básico. Conhecido como a “Netflix da pirataria”, o Popcorn Time permite que os usuários assistam a filmes e séries por meio de torrent, mas transforma isso em uma espécie de streaming, com os shows sendo transmitidos ao mesmo tempo em que baixam. O sistema possui aplicativos para desktop e Android, enquanto a promessa do Browser Popcorn é funcionar também no iOS e praticamente qualquer dispositivo capaz de reproduzir vídeos e que tenha acesso à internet.

Fonte: The Verge