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Guia: o que levar em consideração na hora de comprar um notebook, parte 2

Por| 29 de Janeiro de 2016 às 16h26

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Guia: o que levar em consideração na hora de comprar um notebook, parte 2
Guia: o que levar em consideração na hora de comprar um notebook, parte 2

Aqui vai a segunda parte da lista com os principais quesitos que você deve levar em consideração, mas focados na categoria em si, não em marcas específicas.

Continuando:

Teclado e touchpads

Notebooks não se resumem a configuração, já que, ao contrário dos desktops, o teclado e ou touchpad não podem ser trocados. Então, é bom que você goste do seu, correto? Então vale a pena ler opiniões e experimentar certo modelo antes de comprar.

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Mais do que a qualidade desses dois componentes em si, eles são um bom indicativo da qualidade dos componentes utilizados no modelo. Por exemplo, você raramente encontrará um modelo com teclado retroiluminado e touchpad de vidro com baixa qualidade (ainda que isso não seja completamente impossível).

Tela

Por algum motivo, mesmo notebooks um pouco mais caros ainda trazem resolução de 1366x768, mesmo com anos de evolução de tecnologia, custo e qualidade de tela. Raros são os modelos que trazem resolução Full HD (1920x1080) ou Quad-HD (2560x1440), geralmente reservados a modelos gamer e Ultrabooks mais chiques. Nesse quesito, a escolha é simples: quando maior a resolução, melhor. Mas este não é o único ponto que o usuário deve levar em consideração.

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Outro é o tamanho da tela, que vai de 10,1 polegadas até 18,4, na maioria dos casos, e o tamanho é um indicativo de qual será a finalidade do modelo. E o que o usuário está disposto a abrir mão. Um modelo de 11,6 polegadas é altamente portátil, mas abre mão de um nível mais intenso de produtividade, enquanto um modelo de 17 ou 18 polegadas é, geralmente, extremamente potente, verdadeiro substituto de desktop, mas um verdadeiro peso na mochila.

As polegadas intermediárias escalam entre uma característica e outra, de forma que o usuário deve escolher se o foco é portabilidade, desempenho, ou alguma coisa entre os dois.

Bateria

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Ainda que não seja uma relação completamente direta, quanto maior o modelo, mais espaço ele tem para a bateria. Isso pouco tem relação com a autonomia de bateria, já que modelos muito grandes trazem configurações mais potentes que rapidamente drenam a bateria, enquanto modelos menores trazem, via de regra, uma configuração mais otimizada para maximizar a autonomia de bateria ao máximo. A relação entre tamanho e autonomia não existe, tanto que um MacBook Air de 11,6 polegadas bate um modelo gamer de 17 polegadas, que tem uma bateria bem maior, por várias horas.

A relação que deve ser feita é entre desempenho e autonomia, o que muitas vezes independe de tamanho. Novamente, deve-se escolher o que priorizar e do que abrir mão. Quem busca um notebook para editar vídeos não deve esperar uma autonomia muito grande, ao mesmo tempo em que quem busca o máximo de portabilidade e tem horror a tomada não pode esperar o máximo enquanto joga Crisis 3.

Ultrafinos vs upgrades

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Outro ponto importante é escolher entre espessura e capacidade de upgrades. Ultrabooks e ultrafinos em geral mais recentes passaram a ter componentes internos soldados à placa-mãe, indo desde o processador e memória RAM até a SSDs, de forma que o usuário deve ter em mente que um modelo com essas características não permite upgrades, o que pode ser um problema em modelos que trazem somente 4 GB de memória RAM, por exemplo, ainda que eles tenham se tornando bastante raros.

Por outro lado, raros são os notebooks que não trazem pelo menos dois slots de memória RAM, garantindo uma boa margem para upgrades futuros. Ou mesmo a boa e velha conexão SATA III, permitindo que o usuário troque o disco rígido padrão por um SSD, o que significa um ganho considerável de desempenho para praticamente qualquer configuração. O lado negativo é que os modelos que possibilitam upgrades não são dos mais finos, algo que deve entrar na balança na hora de escolher entre um modelo e outro.

Drive de DVD?

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Não raro, observamos que muitos usuários acabam escolhendo um modelo de notebook inferior pelo fato de ele vir com um drive de CD/DVD/Blu-Ray. De fato, às vezes precisamos dele, e seria muito conveniente ter um à disposição, mas é um comprometimento e tanto no longo prazo. Alguns superestimam a importância do drive de DVD, mas é possível contar nos dedos a quantidade de vezes em que ele é realmente indispensável no tempo de vida útil do notebook.

Trata-se de um recurso que está fadado a desaparecer, já que ocupa um espaço precioso dentro do pouco espaço disponível para componentes que poderia ter um propósito mais nobre, como ser utilizado para acomodar uma bateria maior, por exemplo. Ou mesmo ser eliminado e deixar o modelo mais fino e leve, ou ainda para instalar uma gaveta ODD para instalar um segundo disco rígido, algo comum em modelos gamer. Na prática, usar o espaço disponível do drive de DVD para instalar um...drive de DVD é o pior uso possível.

Para quem realmente precisa de um, vale mais a pena comprar um drive externo e utilizá-lo sob demanda do que abrir mão de um modelo superior para usá-lo meia dúzia de vezes.

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Profissionais e gamers

Duas categorias ainda pouco comuns no Brasil, ambas trazem características próprias importantes de conhecer. Começando pelos notebooks gamer, é importante ter em mente que não existem modelos realmente potentes e finos ao mesmo tempo. São produtos que exigem sistemas de refrigeração mais parrudos, o que inviabiliza uma espessura menor. O que é essencial, já que são modelos caros, de forma que seria uma bela infelicidade que ele apresente defeitos por superaquecimento. Há alguns raros modelos que chegam a ser mais finos, como o Razerblade, mas eles não estão à venda no Brasil.

Outro ponto importante é que o fato de um modelo X ou Y trazer uma placa de vídeo dedicada não o torna, automaticamente, um modelo gamer, como dissemos na primeira parte desse artigo. O mesmo acontece com processadores ULV, que focam em autonomia, não em desempenho, e o mesmo vale para modelos profissionais, que trazem suas próprias famílias de processador e placa de vídeo. Por exemplo, tanto AMD quanto Nvidia trazem soluções próprias para esse público (FirePro e Quadro, respectivamente), e não as séries comuns Radeon ou GeForce, respectivamente.

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Isso não significa que não existam modelos potentes com componentes “comuns” que não consigam lidar bem com aplicações profissionais, mas não os torna modelos profissionais, e sim modelos comuns que dão conta do recado.

Conclusão

Ao contrário de smartphones, que têm um ciclo de troca menor, geralmente compramos notebooks pensando no médio/longo prazo, de forma que escolher o melhor modelo possível é importantíssimo. Como dissemos na primeira parte, são produtos altamente dolarizados, e os preços médios aumentaram bastante nos últimos 18 meses, diferença que é repassada para o consumidor. Encontramos modelos com configurações bem modestas, com Core i3 de quarta geração e 4 GB de memória RAM, vendidos pela “bagatela“ de R$ 2.500, valor que seria um absurdo em 2014.

Ainda assim, não vale economizar tanto. Vale mais gastar um pouco mais e apenas uma vez do que gastar um pouco menos e ter que comprar um novo modelo em pouco tempo. O que nos leva a nossa última dica: dentro do possível, tentar investir em modelos de marcas conhecidas pela qualidade de seus produtos, como Asus, Lenovo e Dell, do que um modelo genérico que até traz uma configuração boa, mas deixará de funcionar em poucos meses, causando uma bela dor de cabeça para trocá-lo.

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