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Apple torna obsoleto o primeiro MacBook com Retina Display

Por| 02 de Julho de 2020 às 19h20

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Reprodução/Techspot
Reprodução/Techspot
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Oito anos após seu lançamento, o primeiro MacBook a chegar ao mercado com Retina Display estás sendo considerado obsoleto pela Apple. Isso significa que, a partir de agora, o produto não será mais aceito em assistências oficiais da empresa para a realização de reparos ou substituição de peças, com os usuários que ainda utilizam o produto tendo de procurar técnicos independentes ou realizarem os consertos pelas próprias mãos.

O computador já havia sido descontinuado pela Apple em fevereiro de 2013, cerca de oito meses após seu lançamento original, deixando de ser fabricado em prol dos modelos seguintes do notebook. O produto continuou recebendo suporte oficial, entretanto, até 2018, quando foi considerado oficialmente “vintage” pela Maçã, uma classificação que indica produtos antigos que até podem receber reparos pelas mãos oficiais, mas os centros da empresa não tinham mais a obrigação de receber os equipamentos devido à falta de peças, ferramentas ou conhecimento para fazer o conserto.

É uma classificação que vale, hoje, por exemplo, para o iPhone 4 e seu sucessores 4S e 5. Apesar de lançados entre 2010 e 2012, ou seja, há ainda mais tempo que o MacBook com Retina Display, eles ainda são aceitos devido à sua popularidade, na época do lançamento, e à ampla base de usuários. Da mesma forma, porém, as assistências podem recusar o serviço com base na falta de componentes ou outros aspectos.

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O modelo foi anunciado, à época, como “o melhor laptop já fabricado”, com um design mais fino que os anteriores devido à remoção do drive de disco e da porta Ethernet. O dispositivo também foi citado como um dos últimos trabalhos de Steve Jobs, lançado cerca de um ano depois de seu falecimento, e seria a derradeira visão dele para a linha de notebooks da Apple.

O grande destaque, claro, era a introdução do display Retina, um conceito que já era comum nos celulares da marca e que prometia maior definição das imagens. O segredo estava na densidade de pixels por polegada, com uma concentração tão grande que o olho humano não seria capaz de diferenciar os pontos na imagem — no caso do MacBook, esse total era de 220 ppi, em uma tela de 15,4 polegadas com resolução de 2880 x 1800 pixels.

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No campo do hardware, o equipamento contava com um processador Intel Core i7 de 2,3 GHz e arquitetura Ivy Bridge de 22 nm, ao lado de 8 GB de RAM, uma placa de vídeo Nvidia GeForce GT 650M 1 GB e 256 GB de memória flash. Ao ser analisado por dentro, o MacBook recebeu críticas devido à sua dificuldade em ser consertado mesmo por centros especializados da Apple, principalmente devido ao fato de a memória RAM ser soldada na placa-mãe, impedindo upgrades posteriores e dificultando eventuais trocas.

À época, o modelo chegou às lojas dos Estados Unidos custando US$ 2.199, e, apesar do preço tradicionalmente alto mesmo para um dispositivo da Apple, tornou-se sucesso de vendas e um percussor de elementos de design e estéticas que vemos até hoje na linha de computadores da fabricante. Ele também, curiosamente, foi vendido pela Maçã de forma oficial até 2018, com uma única configuração disponível e foco nos usuários que preferiam dispositivos antigos e mais baratos, ainda que já fossem considerados como tal pela companhia.

É claro, o trem dos lançamentos e do avanço tecnológico não para, e agora, a empresa deixa para trás um modelo que moldou a forma como ela trabalha com notebooks até a atualidade, em prol de propostas mais modernas e recentes. Ainda é possível encontrar o modelo sendo vendido por aí, até mesmo em versões novas e na caixa, com uma busca rápida em e-commerces brasileiros indicando valores entre R$ 5 mil e R$ 8 mil para modelos em diferentes estados de conservação.

Fonte: Apple Support, MacRumours