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Análise | Notebook 2AM Extreme é opção discreta para quem busca performance

Por| 27 de Novembro de 2018 às 13h42

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Análise | Notebook 2AM Extreme é opção discreta para quem busca performance
Análise | Notebook 2AM Extreme é opção discreta para quem busca performance
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Quando entrevistamos Felipe Oliveira, diretor de produtos da estreante 2AM na BGS, uma das mensagens mais fortes foi a de parceria com o gamer. A ideia da nova marca, segundo ele, é entregar aquilo que os jogadores procuram e, principalmente, facilitar a vida de quem não entende muito do assunto, disponibilizando uma máquina que seja enviada “pronta”, bastando ligar, instalar os games e começar a jogar.

Ao recebermos o notebook Extreme, o topo de linha da 2AM nesse quesito, colocamos essa ideia à prova, e ela, efetivamente, é real. Bastou realizar a configuração inicial do Windows 10 e o download do launcher da Epic Games para estarmos, rapidamente, caindo de paraquedas em nossa primeira partida de Fortnite na máquina. O tempo entre desembalar o monstrinho e começar a jogar, realmente, só depende da velocidade da sua conexão.

A simplicidade é percebida logo que se tira o equipamento da caixa. Apesar de estarmos falando de um notebook gamer, o equipamento é dos mais sóbrios. Os mais de 2,5 Kg de peso mostram a robustez necessária e indispensável nessa categoria, mas o fator Extreme de seu nome, entretanto, está por dentro. Levando em conta somente a aparência, temos um PC que poderia passar despercebido, constituindo, desde o início, uma boa escolha para quem também vai utilizar a máquina para trabalhar ou, simplesmente, deseja chamar pouca atenção para si.

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O corpo do dispositivo é todo preto e a única indicação de se tratar de um notebook gamer, além das linhas com saídas de ar agressivas, é o logo da 2AM na tampa acompanhado da marca da Nvidia GeForce. O peso pode não fazer com que ele seja dos mais portáteis, mas são apenas 2,9 cm de espessura e uma tela de 15,6 polegadas, o que facilita a vida na hora de colocá-lo na mochila para ser carregado por aí.

A discrição termina, entretanto, quando se abre o equipamento, com o teclado mecânico e com LEDs RGB fazendo questão de nos lembrar de estarmos diante de um notebook gamer dos mais parrudos. O touchpad tem um tamanho considerável enquanto, logo acima, em um bonito detalhe em vermelho, há um botão dedicado apenas à ativação de ventoinhas para os momentos de maior atividade ou quando a temperatura do ambiente estiver elevada. É possível perceber o funcionamento delas quando se está por perto, mas o barulho não é alto o bastante para incomodar nem causar vibrações no corpo do aparelho.

Chama atenção, também, a presença de um teclado numérico, uma escolha que pode ser considerada pouco usual em um computador com tela de 15 polegadas. O resultado disso é um teclado que, apesar das teclas mecânicas e do bom feedback tátil, tem digitação desconfortável, talvez pelo fato de os botões serem juntos demais. A balança entre a presença dos números e a usabilidade do equipamento como um todo acaba sendo questionável nesse quesito.

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O melhor, então, seria utilizar o notebook Extreme em uma mesa, com teclado conectado a uma das seis portas USB do dispositivo, com uma dupla de cada lado e mais duas na parte traseira, ambas do padrão 3.0, juntamente com um conector do tipo C. Em uma das laterais, há ainda um leitor para cartões de memória.

A ideia de que o Extreme funciona melhor quando fixo fica ainda mais sólida quando notamos que, durante nossos testes, o conector de energia acabou desplugando algumas vezes sem que a gente percebesse. Ele não é firme para resistir a pequenos movimentos da máquina, com o único indicador disso sendo a queda de performance devido à economia de energia ou a mensagem do Windows 10 indicando que ele está perto de morrer.

O notebook 2AM Extreme H700, no modelo enviado ao Canaltech para testes, custa R$ 6.209,10. As configurações são as seguintes:

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  • Processador Intel Core i7-8750 Quad-Core, 2,20 GHz 9 MB Cache;
  • Placa de vídeo NVIDIA GeForce GTX 1060 6 GB DDR5;
  • 16 GB de memória RAM DDR4;
  • HD 1 TB SATA SSD;
  • Tela LCD Full HD (1.920 x 1.080 pixels) de 15,6 polegadas
  • Windows 10 Home;
  • Entradas: 2x USB 3.1, 1x USB 3.1 Tipo C, 4x USB 2.0, 2x P2 para áudio e microfone, 1x leitor de cartão de memória;
  • Webcam com resolução 720p;
  • Bateria Li-polymer 3 células 46 Wh;
  • Dimensões: 37,4 x 26 x 2,9 cm;
  • Peso: 2,4 Kg.

Rodando tudo (quase) no máximo

Os dados acima, entretanto, são apenas números se não colocados à prova. E, mais uma vez, seguindo a ideia de que os computadores da 2AM não apenas vêm prontos, mas são voltados diretamente aos gamers, executamos nossos testes com alguns dos principais jogos do mercado atual.

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Isso se traduz em competitivos como o já citado Fortnite, além de Overwatch, Call of Duty: Black Ops IIII e PlayerUnknown’s Battlegrounds. Para colocar os componentes para trabalharem um pouco mais, também experimentamos a performance em dois jogos bastante exigentes do mercado recente: Assassin’s Creed Odyssey e Forza Horizon 4.

A boa notícia é que o notebook Extreme, da 2AM, foi capaz de rodar todos eles praticamente sem problemas nas configurações Alta ou Muito Alta. Já para levarmos a coisa ao padrão Ultra, algumas otimizações tiveram de ser feitas, principalmente no caso dos títulos mais exigentes, ou o jogador teria que se contentar com algo abaixo dos 60 FPS cravados e certa instabilidade nos quadros, caso preferisse uma melhor qualidade gráfica em seu lugar.

Confira as impressões a partir dos testes com cada um dos games:

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  • PUBG: variando entre 50 e 60 FPS na configuração Ultra, estável em 60 FPS com gráficos no Very High, com quedas ocasionais durante a permanência no lobby até o fim da queda;
  • Overwatch: média de 55 FPS durante as partidas com todas as configurações no máximo, com quedas ocasionais para até 30 FPS. Estabilidade nos 60 FPS com os gráficos no Muito Alto;
  • Fortnite: variando entre 50 e 35 FPS na configuração épica, estável em 60 FPS com os gráficos em Alta, com quedas esporádicas para 55 FPS;
  • Assassin’s Creed Odyssey: variando entre 40 e 60 FPS durante as cutscenes e entre 30 e 40 FPS em configuração Very High; variações de 45 a 60 FPS em ambos com os gráficos no High;
  • Forza Horizon 4: estável em 30 FPS durante as corridas na configuração Ultra; variando entre 40 e 60 FPS na configuração Alta;
  • Call of Duty: Black Ops IIII: variações entre 50 e 60 FPS durante as partidas em configuração Muito Alta.

De todos os jogos, Forza Horizon 4 foi o que deu mais trabalho em termos de otimização. O título até apresentou performance estável com os gráficos no Ultra, mostrando variação apenas em configuração Alta e com uma maior contagem de quadros por segundo. Entretanto, severas reduções, levando a taxa a até 15 FPS, aconteciam após o final das corridas em ambos os casos, durante os períodos de carregamento e contagem de pontos de experiência.

Não seria um problema se, em tais momentos, o jogador não estivesse também dirigindo, com o resultado sendo, quase sempre, um carro na grama. Além disso, Forza Horizon 4 insistia sempre em abrir no modo janela, enquanto a configuração otimizada feita a partir do GeForce Experience gerou um conflito relacionado ao sistema de anti-aliasing, deixando o jogador com duas opções: reverter a melhoria feita pelo software da placa de vídeo ou jogar sem essa suavização.

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Falando nele, vale a pena citar, como uma nota de rodapé, que o software não veio pré-instalado na máquina. Como essencial para quem quer acompanhar o desempenho de games em tempo real ou até mesmo fazer transmissões ao vivo de jogos, vale a pena perder alguns minutos para baixar o GeForce Experience.

Cores de sobra, pixels faltando

A possibilidade de realização de streamings ao vivo a partir da própria máquina também foi levada em consideração como parâmetro para testarmos a câmera e o microfone do notebook Extreme, da 2AM. Afinal de contas, com os jogos rodando e o GeForce Experience, podemos não apenas jogar, mas também transmitir nossa performance nos títulos utilizando apenas o que o computador oferece?

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E a resposta, como normalmente se espera de um conjunto padrão de notebook, é não. A câmera promete uma resolução de 720p nas imagens, mas, na prática, entrega a baixa qualidade que é costumeira em um produto desse tipo. As imagens diurnas são estouradas, enquanto as noturnas aparecem escuras demais.

No microfone, muito ruído ambiente e áudio estourado, com baixa qualidade. Os alto-falantes também deixaram a desejar, sendo baixos e com pouca fidelidade, decepcionando bastante e contrastando com um conjunto robusto em termos visuais e de design. Um bom headset ainda será seu melhor companheiro na hora de fazer streamings ou consumir mídia no Extreme.

O teclado com LEDs RGB traz as configurações padronizadas de um produto desse tipo, permitindo a customização de cores de acordo com as preferências do usuário e a criação de perfis dedicados a certas atividades e jogos. O conjunto retroiluminado permite visualização perfeita até mesmo no escuro, enquanto a intensidade das luzes pode ser reduzida de acordo com o gosto de cada jogador.

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Apesar de mecânica, a digitação não é barulhenta e as horas de jogo na madrugada não devem atrapalhar o sono de quem está na cama ao lado. O destaque para as teclas WASD é um detalhe que chama a atenção, mas voltamos a criticar o desconforto durante o uso do teclado. Ele tem a resposta adequada e sistema anti-ghosting, mas propicia os erros de digitação e é apertado, facilitando um deslize no trabalho e nos jogos.

Plugue um bom teclado, entretanto, e você se verá livre deste que é mais um defeito grave no notebook 2AM Extreme. A empresa, em sua linha de estreia no mercado brasileiro, faz bonito ao entregar performance e simplicidade, criando, efetivamente, uma máquina que pode ser adquirida até mesmo pelo gamer mais noob, pronta para ser utilizada nos games que ele quiser.

Otimizações podem ser necessárias aqui e ali, mas, de maneira geral, o desempenho é mais do que satisfatório tanto nos games competitivos, principal ponto de interesse do público atual, quanto nos lançamentos mais recentes e exigentes. A ideia, também, é de certa longevidade, com a máquina tendo componentes que ainda vão fazer bonito por alguns anos antes de precisarem de um upgrade, apesar de alguns gargalos terem sido detectados.

Disponível em diferentes versões, o notebook Extreme custa a partir de R$ 5.579. Todas as opções acompanham placa de vídeo GeForce GTX 1060, mas, nas versões mais básicas, o notebook vem com processador Intel Core i5 8300H. No site da 2AM, ainda, é possível adquirir acessórios, como o headset citado como indispensável ao lado do dispositivo, bem como escolher máquinas a partir do jogo preferido de cada usuário, além de seleções feitas pelo embaixador da marca, o pro-player de League of Legends YoDa.

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Agradecimento especial à Activision e à Ubisoft por cederem cópias de Call of Duty: Black Ops IIII e Assassin's Creed: Odyssey para a realização dos testes com a máquina da 2AM.