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Tesla fecha as portas de unidade na Califórnia e demite 200 funcionários

Por| 04 de Julho de 2022 às 15h20

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Tesla
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O mundo vive uma recessão pós-pandemia que vem afetando todos os setores, mesmo aqueles que até o ano passado pareciam não sentir os efeitos da crise. A alta da inflação e o juros astronômicos impostos pelos bancos centrais de diversos países causam um efeito cascata na economia global. E o setor da tecnologia apresenta os resultados disso desde abril, quando começaram as demissões em massa em vários grupos. Desta vez, a Tesla demitiu 200 funcionários no fechamento de uma unidade em San Mateo, na Califórnia.

Segundo a Bloomberg e a CNBC, a unidade de San Mateo tinha 200 colaboradores que eram encarregados de analisar e classificar vídeos de carros da empresa, com o objetivo de melhorar os sistema de assistência ao motorista no piloto automático dos veículos elétricos da Tesla. O envolve a identificação e descrição de objetos em clipes curtos, capturados por câmeras e sensores. Isso serve para que a plataforma inteligente da companhia possa oferecer uma visão computacional mais precisa.

Os funcionários de San Mateo já haviam sido informados que seriam transferidos para uma unidade de Palo Alto; e outra parte iria para a de Buffalo, em Nova York. Contudo, os 200 que estavam em San Mateo acabaram sendo demitidos, com a justificativa de cortes para economia de custos de produção.

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"A Tesla está claramente em um grande modo de corte de custos", afirmou Raj Rajkumar, professor de engenharia elétrica e de computação da Carnegie Mellon University, em entrevista à Reuters. "Isso indica que o segundo trimestre de 2022 tem sido bastante difícil para a empresa, devido à paralisação em Xangai, custos de matérias-primas e problemas na cadeia de suprimentos”, analisou.

Por enquanto, a Tesla não comentou a respeito do fechamento da unidade de San Mateo. Contudo, o CEO da Tesla, Elon Musk, disse em entrevista publicada na semana passada que as novas fábricas da Tesla no Texas e em Berlim estavam perdendo “bilhões de dólares”, em parte devido a interrupções na cadeia de suprimentos — desde o começo do ano passado há uma crise no fornecimento de chips, por exemplo.

Ou seja, caso o cenário econômico mundial e a distribuição de matéria-prima não seja resolvida a contento em breve, pode ser que a Tesla tenha que desligar mais funcionários nos próximos meses — algo que amedronta os funcionários as empresas de tecnologia do mundo todo atualmente.