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Microsoft consegue permissão para voltar a negociar com a Huawei

Por| 22 de Novembro de 2019 às 10h58

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Microsoft consegue permissão para voltar a negociar com a Huawei
Microsoft consegue permissão para voltar a negociar com a Huawei

A Microsoft já pode voltar a negociar com a Huawei. A empresa de Redmond anunciou nesta quinta-feira (21) que recebeu uma licença do governo dos Estados Unidos para vender o que chamou de “softwares para o mercado de massa” à fabricante, uma permissão que vem seis meses após o banimento que impediu toda e qualquer companhia americana de fazer negócios com a chinesa.

Como dá para imaginar, a permissão está relacionada principalmente à venda do Windows e do Office, que agora já podem voltar a serem usados em notebooks e computadores da Huawei. Sistemas voltados para servidores e gerenciamento de TI e segurança também fazem parte do pacote, apesar de a Microsoft não ser muito clara sobre o que exatamente significam os tais “softwares para o mercado de massa”.

A Microsoft, na realidade, é parte da primeira lista de companhias a receberem permissão para retomarem os negócios com a Huawei. Fabricantes de componentes para smartphones, computadores e infraestrutura também teriam recebido essa licença, mas os nomes exatos e o que exatamente teve a venda autorizada não foi revelado, cabendo a cada uma fazer esse anúncio.

De acordo com Wilbur Ross, secretário de comércio do governo dos Estados Unidos, cerca de 290 pedidos desse tipo foram submetidos ao departamento desde que essa possibilidade foi aberta. Nesta semana, as primeiras autorizações começaram a ser enviadas, assim como as cartas de negativas, que dão 20 dias para que os interessados apresentem novas informações ou elementos que impeçam o “não”.

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Tudo, segundo informações anteriores do governo dos EUA, está relacionado à segurança nacional. Foi uma preocupação com as relações entre a Huawei e o governo da China, no que toca a espionagem, que levou ao banimento da empresa do país, assinado em maio pelo presidente Donald Trump mesmo com a fabricante negando veementemente qualquer relação com a administração de Xi Jinping.

Na sequência, a situação da Huawei se tornou um assunto comum na crise comercial entre Estados Unidos e China, com a liberação de permissões, muitas vezes, sendo citada como moeda de barganha enquanto empresas americanas e internacionais criticavam que a decisão causava uma disrupção em seus negócios. Daí veio a medida que envolve a liberação das permissões, desde que, claro, os negócios propostos não entrem no caminho da segurança nacional.

Agora, na medida em que a situação se resolve para um lado, ela acaba se complicando do outro. Um grupo de senadores composto por membros tanto do partido Republicano quanto do Democrata pede que o governo dos Estados Unidos esclareça os critérios usados para a liberação dessas permissões ou, então, as suspenda de forma efetiva. Novamente, a preocupação é quanto à segurança nacional, principalmente no que toca a infraestrutura de telecomunicações.

Um dos principais desafios é o 5G, cuja rede ainda está sendo implementada. A Huawei é uma das maiores fabricantes globais de componentes de telecom e, logicamente, é uma das mais procuradas para instalações dessa categoria. O temor dos senadores é que isso a leve a ter uma posição privilegiada dentro da infraestrutura americana, fortalecendo as supostas operações de espionagem da China contra os EUA por meio dos produtos da marca.

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Fonte: Fortune