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Kai-Fu Lee acredita que a reentrada da Google no mercado chinês será difícil

Por| 06 de Setembro de 2018 às 23h40

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Kai-Fu Lee acredita que a reentrada da Google no mercado chinês será difícil
Kai-Fu Lee acredita que a reentrada da Google no mercado chinês será difícil
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Na metade de agosto, notícias divulgaram que a Google estaria nutrindo planos para retomar suas atividades no mercado chinês, que desde 2010 não utiliza os serviços da gigante ocidental das buscas. Kai-Fu Lee, ex-presidente da Google na China (que deixou a carreira na empresa pra se dedicar à pesquisa sobre inteligências artificiais), falou ao TechCrunch que acredita que a reentrada da Google no cotidiano digital da população chinesa será um desafio.

O ponto de vista de Kai-Fu Lee se baseia na avaliação de que o público chinês não está ávido pelas soluções apresentadas pela gigante ocidental por conta dos serviços desenvolvidos localmente, que já atendem à demanda da população. "Os chineses não estão à procura de um novo mecanismo de pesquisa ou de uma loja de aplicativos; novas empresas estão surgindo e atendendo às necessidades anteriormente desconhecidas dos clientes, inovações estão sendo lançadas".

As especificidades culturais também são um obstáculo para a reentrada da Google no país asiático: "Os recém-formados geralmente preferem trabalhar para empresas chinesas", diz Kai-Fu Lee. "Eu não acho que as empresas estadunidenses terão uma grande chance de ter sucesso neste ambiente", concluiu.

Algumas multinacionais do ocidente já naufragaram nessa investida anteriormente. O Facebook registrou um pedido para abrir um escritório chinês, o que chegou a ser aprovado pelo governo por um breve momento, mas a autorização foi suspensa pouco depois, com rumores afirmando que o veto se deu devido ao Cyberspace Administration of China, órgão regulador de internet por lá, não ter sido consultado. A Uber conseguiu ir mais a fundo, mas ainda sem obter sucesso: acabou ficando famosa por gastar US$ 1 bilhão por ano para se segurar no mercado chinês apenas para ser vendida para a concorrente local, Didi.

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A lista de grandes empresas ocidentais que conseguiram se instalar com sucesso na China não possui muitos outros nomes que não o do LinkedIn, Evernote e Airbnb, sendo que o impacto real da atuação dessas empresas em solo chinês é discutível, com rivais locais fortes.

Fonte: TechCrunch