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Huawei deve transferir departamento de pesquisa e desenvolvimento para o Canadá

Por| 03 de Dezembro de 2019 às 17h15

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A Huawei planeja mudar um de seus centros de pesquisa e desenvolvimento alocados nos Estados Unidos para o Canadá. A medida é um indicativo de que a gigante chinesa busca mesmo aumentar sua independência de componentes fabricados por lá. Vale lembrar, como sempre, que a empresa está atualmente em uma lista negra dos EUA, que impede companhias americanas de fazerem negócios com a Huawei devido por temerem regras de segurança nacional.

Em entrevista ao jornal canadense Globe & Mail, o presidente da Huawei, Ren Zhengfei, confirmou a informação e disse que a instalação no Vale do Silício seria movida para o Canadá e que a Huawei também tentaria transferir parte da produção para a Europa.

O que muda?

Para a Huawei, se os equipamentos para conexão 5G forem fabricados fora da China, toda a celeuma em torno da desconfiança dos Estados Unidos sobre espionagem — em teoria — poderia ser anestesiada. A empresa tem trabalhado internamente para promover o máximo de desenvolvimento e produção, enquanto minimiza o uso de componentes fabricados nos EUA — o que acaba por prejudicar as empresas americanas no processo. Também há esforços para criar um sistema operacional interno como uma alternativa ao Android. No entanto, a ausência dos principais serviços e aplicativos da Google pode afastar o interesse dos usuários ocidentais nos dispositivos da Huawei.

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A Huawei havia declarado anteriormente que todo o seu hardware 5G está livre de componentes fabricados nos EUA, mas uma nova desmontagem da UBS e do laboratório japonês Formalhaut Techno Solutions descobriu que o mesmo poderia ser dito do smartphone Huawei Mate 30.

Coincidência ou não, a filha de Ren, Meng Wanzhou, que é CEO da Huawei, está presa justamente no Canadá. Meng foi presa por lá em 1º de dezembro de 2018 e está enfrentando extradição para os EUA para responder a acusações de fraude. Alega-se que Wanzhou ajudou a Huawei a evitar sanções ao fazer negócios no Irã, que, se provadas, poderiam colocar organizações bancárias multinacionais em risco de violar essas sanções também.

Fonte: TechRadar