Foxconn confirma início da produção em massa de iPhones na Índia
Por Wagner Wakka | 15 de Abril de 2019 às 13h31
Desde dezembro do ano passado há rumores de que a Foxconn começaria a produzir smartphones topo de linha na Índia e não mais na China. Somente agora o fundador da fabricante, Terry Gou, confirmou a movimentação ao jornal South China Morning Post.
A companhia demitiu funcionários após a Apple reduzir a demanda de produção e sofrer com o boicote na China por problemas judiciais com a Qualcomm. Por conta disso, rumores começaram a surgir de que a Foxconn não só poderia deixar o país, bem como ampliar suas fábricas em outros territórios.
O fundador disse em evento em Taipei nesta segunda (15) que a Apple vai começar a produção em massa de aparelhos na Índia ainda este ano, com a Foxconn se movimentando para entrar de forma mais significativa no país. Contudo, Gou não informou quais aparelhos serão produzidos por lá.
Em abril deste ano, fontes teriam dito à Bloomberg que aparelhos topo de linha já começaram a serem produzidos na Índia neste ano. Para isso, a Foxconn deve começar a fase de testes de produção dos aparelhos da Apple em uma instalação em Chennai, no sul da Índia. Além de diversificar a sua cadeia de produção, a proposta também é servir como base para a expansão da Apple na região. A legislação local também obriga que 30% dos materiais para a produção local sejam oriundos de fornecedores com sede no país, o que pode ter estimulado a mudança para lá.
Outro motivo que sugere que a empresa vai começar a fabricação de aparelhos topo de linha é que a Foxconn já produz algumas versões ali, entre modelos mais antigos. Logo, a nova movimentação pode ser relativa à versões recentes ou até à nova linha a ser lançada este ano.
Até o momento, ainda não é possível saber se a Apple pretende mudar toda sua base de produção para a Índia para burlar esses problemas com a China. Contudo, este é um movimento possível, já que a Foxconn está ampliando uma fábrica para produção de aparelhos topo de linha em um país com histórico de compras de dispositivos de entrada.
A estimativa é de que a manobra gere 25 mil postos de trabalho no país.
Fonte: SCMP