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Fornecedora de telas da Huawei vai multar funcionários que comprarem iPhone

Por| 11 de Dezembro de 2018 às 08h53

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Fortune
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Ultimamente, as relações diplomáticas entre China e Estados Unidos não são das melhores. Ainda que a guerra fiscal esteja em um momento de trégua, o caso envolvendo a CFO da Huawei, Meng Wanzhou, deixou ainda mais estremecida a relação entre os países. Isso porque uma investigação feita pelo governo dos Estados Unidos descobriu que a executiva fazia parte de uma trama que usava contas bancárias em nome de “laranjas” para fazer negócios com o Irã, o que viola o bloqueio comercial estabelecido pelos EUA. Meng foi presa no Canadá e aguarda extradição para os Estados Unidos; caso ela seja condenada, a Huawei pode ser proibida de exportar seus produtos para o país.

Mas, de acordo com o jornal South China Morning Post, a empresa não pretende deixar isso barato — ou, pelo menos, uma de suas fornecedoras. A Menpad, empresa responsável pela fabricação das telas LCD usadas nos smartphones da Huawei, anunciou que irá multar qualquer um de seus funcionários que comprar um iPhone. A multa será do mesmo valor pago pelo funcionário no aparelho, e a regra já está em vigor.

Além disso, a Menpad anunciou que, caso qualquer um de seus funcionários queira comprar um smartphone da Huawei ou da ZTE (que também foi proibida de exportar seus produtos para os Estados Unidos neste ano), a Menpad bancará 15% do valor dos aparelhos. Por fim, a fornecedora avisou que irá dobrar a comissão dos vendedores e o repasse para distribuidores que conseguirem fechar qualquer negócio com os Estados Unidos. Todos esses incentivos valerão até o dia 7 de dezembro de 2021, e a multa não possui nenhum prazo de validade.

Enquanto a Menpad tenta proibir que seus funcionários comprem iPhones, o governo dos Estados Unidos declarou a Huawei e a ZTE como uma ameaça à segurança nacional e tem pedido para que todos os aliados do país não utilizem ou comprem nenhum tipo de equipamento feito pelas fabricantes. O único problema é que atualmente a Huawei é a segunda maior fabricante de smartphones do mundo e líder mundial em equipamentos para instalação de redes de telefonia e internet, o que torna quase impossível um boicote completo da marca.

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Fonte: PhoneArena