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Ex-CEO do Tinder pede retirada de pena de US$ 250 milhões por quebra de sigilo

Por| 26 de Março de 2019 às 11h50

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Wired
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O ex-CEO e cofundador do Tinder, Sean Rad, quer que a Suprema Corte de New York o libere do pagamento de US$ 250 milhões para a Match Group e IAC, as quais detêm o app de relacionamentos. O motivo da pena seria a acusação de que Rad teria copiado arquivos e informações de propriedade da companhia para seu computador pessoal antes de deixar a empresa. Mesmo como cofundador do serviço, isso configura quebra de contrato de trabalho.

A defesa do ex-CEO entrou com o pedida de retirada do pagamento sob a tese de que o contrato dele daria direto de baixar e-mails internos da companhia e mantê-los mesmo após a sua saída da empresa.

Esta pode ser mais uma movimentação na novela entre Rad e as duas companhias. Em agosto do ano passado, ele entrou com um processo contra as donas do Tinder, alegando que ambas tinham subavaliado o produto para não pagar os bilhões que eram de direito dos criadores da plataforma. Em 2014, a IAC se tornou sócia majoritária do Tinder, o que fez com que a companhia fosse especulada em alguns bilhões de dólares em valor.

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Contudo, este tiro saiu pela culatra. Como prova para mostrar que a IAC havia baixado as estimativas para jogar o preço para baixo, Rad anexou e-mails confidenciais, o que comprova que ele teve acesso a esses dados, quebrando o contrato de trabalho. A IAC, então, acusou Rad de enviar e-mails corporativos para sua conta pessoal e usá-los para ganho pessoal. Os documentos eram classificados como “altamente sensíveis e com informações não-públicas”.

A defesa, agora, aponta que Rad teria um acordo assinado com ambas empresas que não só permitia ter esses e-mail, bem como ele poderia fazer uso dessas informações em processo contra o Tinder. Aliás, Rad teria negociado exatamente isso pensando que poderia ter problemas com as companhias.

“Neste processo frívolo, a Match agora tenta roubar ainda mais dinheiro de Rad, buscando passar a mão em centenas de milhões em compensação por equidade que Rad ganhou por criar e construir o Tinder — tudo porque Rad fez exatamente o que seu contrato o autorizava a fazer”, diz a defesa.

Segundo o advogado de Rad, Orin Snyder, o processo é uma perda de tempo sendo que o contrato de serviço do ex-CEO era bastante claro sobre a manutenção de tais documentos. “A IAC e a Match estão apenas bravas que Sean tenha mantido consigo uma evidência que expõem a má conduta deles” , disse. A promessa é de que mais evidências sejam enviadas à corte.

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O Match Group e a IAC não se pronunciaram sobre o caso.

Fonte: The Verge