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Como pode a Apple ter recorde de vendas de iPhones com o X sendo uma decepção?

Por| 06 de Fevereiro de 2018 às 08h15

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CNET
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Ao divulgar os resultados financeiros relativos ao último trimestre de 2017, a Apple revelou que teve uma receita recorde para o período, ainda que tenha vendido menos iPhones. Ainda assim, as vendas da companhia foram maiores do que as da Samsung nos três últimos meses do ano passado. Contudo, rumores indicam que a produção do iPhone X está sendo reduzida devido à baixa demanda, e a notícia fez com que as ações da Maçã caíssem 2% naquele dia.

Então, como é possível a companhia de Cupertino registrar recorde de vendas mesmo com o iPhone X decepcionando não somente o mercado de smartphones, como também em Wall Street? Pois, na verdade, ambas as coisas são verdadeiras, ainda que tudo seja um pouco confuso.

Segundo Tim Cook, "o iPhone X foi o smartphone mais vendido do mundo no trimestre de dezembro, de acordo com a Canalys, e tem sido nosso smartphone mais vendido em todas as semanas desde o lançamento". Ele completa dizendo que "na verdade, a receita para nossos iPhones recém-lançados foi a mais alta de qualquer formação em nossa história, gerando receita total acima do esperado".

É preciso considerar o que exatamente significa "recorde de vendas". Em 2017, a Apple lançou os iPhone 8 e 8 Plus em setembro, iniciando as vendas do iPhone X somente em novembro. Contudo, a empresa manteve em seu catálogo de produtos iPhones mais antigos e ainda atualizáveis, incluindo o iPhone 6s, 7 e SE. Portanto, ao dizer que as vendas da Apple quebraram recordes, é preciso considerar que esses números contam também com vendas de outros modelos lançados antes de 2017.

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Ainda, Cook escolheu bem as palavras ao dizer que "a equipe fez um ótimo trabalho para entrar no saldo da demanda de suprimentos em dezembro", com relação ao iPhone X. A declaração não deixa claro se a demanda estava alta, e foi preciso correr contra o tempo para atendê-la, ou se acabou diminuindo a ponto de estar equiparada com o volume de unidades produzidas.

De qualquer maneira, é esperada uma desaceleração de vendas do iPhone X neste primeiro trimestre de 2018, que pode confirmar os rumores quanto à redução na produção do dispositivo, para o temor dos acionistas e investidores. De acordo com dados do mercado, o número de iPhones que a Apple vendeu se manteve praticamente estável nos dois últimos anos.

A companhia de Cupertino pode ver suas vendas crescerem caso reduza o preço do iPhone X, por exemplo, o que é provável que aconteça nos próximos meses, atraindo mais compradores. Mas vale ressaltar que a Maçã vem se empenhando para popularizar outros produtos e serviços, com o Apple Music no rumo para bater o rival Spotify no que diz respeito à quantidade de usuários pagos nos Estados Unidos, e o speaker inteligente HomePod começará a ser vendido no dia 9 de fevereiro. Além disso, o Apple Watch Series 3 já vendeu duas vezes mais do que seu antecessor, e o iPad segue liderando o mercado de tablets.

Sendo assim, mesmo que Wall Street se preocupe com a má receptividade do iPhone X no mercado, a Apple deve continuar sendo uma empresa altamente lucrativa, mantendo investidores e acionistas felizes, pois uma decepção com o iPhone X não será o suficiente para impactar seus negócios.

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Fonte: VentureBeat