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Comcast confirma planos para adquirir a Fox e por as mãos no Hulu

Por| 24 de Maio de 2018 às 10h55

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Comcast confirma planos para adquirir a Fox e por as mãos no Hulu
Comcast confirma planos para adquirir a Fox e por as mãos no Hulu

A briga pela 21st Century Fox acaba de se tornar mais acirrada. Enquanto o mercado e o mundo do entretenimento já davam a aquisição da companhia pela Disney como certa, eis que surge a Comcast, que, em declaração oficial, se disse disposta a não apenas fazer uma oferta pela companhia, mas também a superar a rival.

A declaração veio após alguns rumores e burburinhos que surgiram no começo da semana, enquanto a diretoria da Fox se prepara para uma reunião que pode decidir seus rumos para o futuro. Enquanto a Disney estaria oferecendo US$ 52,4 bilhões pela empresa, a proposta da Comcast seria de US$ 60 bilhões, incluindo, também, manobras de takeover hostil para levar vantagem na negociação.

Os grandes focos, aqui, seriam as propriedades intelectuais da 21st Century Fox, seu portfólio de séries e filmes, e também o Hulu, do qual o conglomerado tem uma participação de 30%. Com isso, a Comcast passaria a ter controle majoritário do serviço, uma vez que, ela própria também já possui 30% das ações da plataforma de streaming. Atualmente o Hulu é extremamente popular nos EUA, mas inexistente no Brasil, e posicionada como uma das principais concorrentes da Netflix quando o assunto são as séries.

Fariam parte do negócio, também, redes americanas de televisão a cabo, incluindo regionais, e também retransmissoras locais dos canais Fox Sports. O mesmo também vale para canais internacionais próprios, que existem na Índia e muitos países da Europa. Entretanto, redes de notícia ficam de fora, com canais como a Fox News, Fox Business e Fox Broadcasting deixando a estrutura da 21st Century Fox e compondo uma nova empresa de mídia.

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Os valores a serem oferecidos não foram revelados pela Comcast, que apenas confirmou o interesse e disse estar em estágios avançados de preparação para a proposta. O montante seria pago integralmente em dinheiro, o que facilitaria processos regulatórios e, na visão dos executivos, constituiria um acordo tão favorável, se não mais, que o oferecido pela Disney.

Entretanto, a Comcast deixa claro que seus próprios diretores ainda estão debruçados sobre a questão e não existe decisão final sobre um possível processo de compra. A iniciativa, todavia, faz parte de um processo de fortalecimento da companhia no mercado de entretenimento que também envolve, na Europa, a aquisição da Sky.

Por lá, a compra da empresa britânica de televisão a cabo se encontra em fase de aprovação, com uma análise preliminar do governo dando aval positivo para a fusão entre as duas. Agora, a Comcast prepara uma oferta para os executivos ingleses, também de olho em propriedades intelectuais, redes de transmissão e serviços online.

Nos Estados Unidos, esse caminho deve ser um bocado mais complicado. Antes mesmo de ser iniciada oficialmente, a aquisição da Fox pela Disney já estava na mira de autoridades regulatórias americanas, que se preocupam com monopólios no setor de entretenimento e televisão.

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A preocupação, aqui, é que a Comcast já é dona da Universal e também dos canais e propriedades da NBC, após uma negociação realizada em 2011. Foi daí, inclusive, que veio a parcela de 30% no Hulu, sobre a qual a gigante ainda não tem poder, apenas recebendo dividendos devido a acordos regulatórios feitos na época. Essa restrição, entretanto, se encerra em 1º de setembro, com a companhia, então, passando a fazer parte da mesa executiva do serviço de streaming.

Está em andamento, também, uma análise da aquisição da Time Warner pela AT&T, que seria fundamental para fixar um precedente sobre outros negócios desse tipo. Daí vem o anúncio oficial da Comcast sobre a colocação de uma proposta, de forma a afastar temores de que a Disney apressasse sua própria negociação de forma que ela fosse formalizada antes da decisão governamental, tornando o processo de análise pelas autoridades mais longo e complexo – e com maior possibilidade de sucesso.

Fonte: Comcast, Ars Technica