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Brasil se destaca no negócio da Salesforce e mantém expansão local

Por| 22 de Novembro de 2019 às 13h00

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Divulgação/Salesforce
Divulgação/Salesforce
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“Este é um ano desafiante no Brasil, mas, para nós na Salesforce foi sensacional”. É assim que Fábio Costa, gerente geral da empresa em nosso país fala sobre o desempenho local em 2019. O Canaltech foi convidado a bater um papo com o executivo durante a Dreamforce 2019, evento da empresa para fã, clientes e imprensa e que acontece em Sn Francisco.

Ele chegou à companhia vindo de outras gigantes, como a Microsoft e reforça o potencial da atual casa. A Salesforce é hoje o principal sistema de gestão em CRM, com 17,3% do mercado, batendo gigantes como Oracle (5,5%), SAP (5,3%), Microsoft (3,5%) e Adobe (3,5%) segundo dados do IDC.

Apesar de tamanho sucesso, ela não abre números regionais. “Só podemos dizer que é um ano excelente para o time do Brasil”, reforça Costa. O executivo informa que não há um direcionamento específico para o país, sendo que o grupo local “opera 100% como o resto do mundo”.

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Contudo, ele aponta alguns desafios locais. O primeiro está ligado ao público conhecer o que é a Salesforce. Ele entende que a empresa ainda é bastante reconhecida entre um público de nicho, mas que pode ser acessada também por usuários unitários.

Para isso, ele reforça a plataforma do Trailhead, uma ferramenta para treinamento e capacitação, não só de funcionários inseridos já no mercado de trabalho, mas para quem busca uma posição.

“Este é um processo de democratização do processo que é muito importante para nós. Com um computador, você pode se capacitar, com acesso livre. O grande desafio é ter o mínimo de inclusão digital”, reflete Costa.

Segundo dados da própria Salesforce, a trilha (como chamam os “cursos” na plataforma) mais realizada dentro do app no Brasil é a chamada Admin, direcionada a quem quer ser um administrador de Salesforce para empresas parceiras.

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Inteligência artificial

Uma das novidades do Dreamforce 2019 está ligada ao Einstein, sistema de inteligência artificial que é o assistente pessoal dos usuários da Salesforce. O programa agora tem capacidade de reconhecimento por voz em linguagem neural. Em termos práticos, ele ouve o que é necessário, analisa banco de dados e entrega repostas que podem ser usadas em tomadas de decisão dentro de empresas.

Este é outro passo no caminho da democratização do acesso a que Costa tanto se refere. “A diferença entre o Einstein para a Siri ou Alexa é que ele é completamente voltado para negócios”, explica o executivo. A proposta é que qualquer pessoa, mesmo que não tenha um grande conhecimento em inclusão digital, possa utilizar o sistema com ferramentas de voz do serviço.

O problema atual é que o Einstein ainda não compreende outra língua, que não o inglês. Segundo a companhia, a plataforma já está em fase de testes em português para reconhecimento de voz, mas ainda não há previsão para ser implantado. Contudo, o assistente já reconhece texto na língua lusitana.

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Proteção de dados 

No caráter de democratização citado por Costa, a proposta é que tanto empresas grandes como pequenas possam ter as mesmas ferramentas. A Salesforce é uma empresa de gestão de dados primordialmente. Por isso, a proteção de informações é um assunto que preocupa executivos locais.

Especialmente no Brasil, no ano que vem, quando passa a valer a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), nova regra que obriga empresas a tratarem informações de forma muito mais complexa. Segundo Costa, a Salesforce já está preparada para isso.

“O primeiro ponto é: toda plataforma da Salesforce está completamente adequada e dentro do LGPD já hoje. Ou seja, qualquer empresa que usa nosso sistema também já está adequada à nova regra”, pontua o executivo. “Assim, temos o mesmo custo, que é nada a mais, para que uma gigante e uma empresa menor estejam preparadas para as mudanças do ano que vem”.

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Entretanto, quando perguntado sobre se existe uma trilha no Trailhead sobre o LGPD e como empresas podem entender melhor como se manter adequadas, ele respondeu com uma negativa parcial. “Especificamente para o LGPD não temos, mas já tem para o GDPR [regra europeia na qual a brasileira foi inspirada]. Como elas são muito parecidas, creio que se pode aprender muito por lá”, afirma Costa.

Futuro 

O Brasil está na mira da Salesforce para os próximos anos. Na apresentação principal de abertura feita pelo próprio co-CEO, Marc Benioff, a companhia falou sobre o que projeta para 2025.

No total, são esperados 4,2 milhões de novos empregos, sendo girada uma roda econômica de US$ 1,2 trilhão em todo mundo. O Brasil foi apontado em destaque, com expectativa de gerar 491 mil novos postos, em um faturamento de US$ 562 bilhões. Em termos de postos de trabalho, ficamos atrás somente de Estados Unidos e Índia.

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Para o nosso país, a companhia também espera expansão, mas não fala em número de contratações. “Sempre tem gente nova entrando na equipe”, comenta Costa.

O executivo direciona três objetivos para o ano que vem. O primeiro é manter a cultura de continuar o relacionamento com o cliente, mesmo após a venda do produto. Outra proposta é fazer a plataforma mais conhecida também para empresas menores e fora do nicho. Por fim, a companhia pretende manter o ritmo de contratações para o próximo ano.