Após crescimento acelerado em 2020, Zoom registra queda em ações
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 01 de Setembro de 2021 às 13h30
A chegada da pandemia de COVID-19 mudou os modelos de trabalho e interação, assim como tornou as atividades remotas mais comuns. Com isso, muitos encontros passaram a ocorrer por videoconferência.
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Uma das empresas que se beneficiou desse processo foi a Zoom. Suas ações tiveram alta desde fevereiro de 2020 e sua avaliação chegou a US$ 175 bilhões em outubro. Agora, entretanto, a companhia tem perdido valor continuamente.
Nesta terça-feira (31), os títulos da Zoom tiveram queda de 16,69% e foram de US$ 347,50 para US$ 289,50 cada. Com muitos trabalhadores voltando aos escritórios, a capitalização da companhia pode chegar a quase metade do pico obtido em outubro.
A queda na demanda tem sido maior do que se esperava. Por isso, analistas já questionam quais são os planos da empresa para o futuro. Uma das apostas da Zoom é a Five9: a companhia investiu US$ 14,7 bilhões nela em julho com o objetivo de reforçar seu segmento de central de atendimento.
Para os especialistas, pode levar alguns trimestres para a Zoom retomar sua taxa básica de crescimento. "É preciso avaliar como a nova demanda do consumidor e as taxas de rotatividade dos clientes se estabilizarão após a diminuição das restrições contra a COVID-19", apontam analistas do Daiwa Capital.
Resultados financeiros
A receita total da Zoom no segundo trimestre do ano fiscal de 2022, encerrado em 31 de julho de 2021, foi de US$ 1,02 bilhão. Isso representa um aumento de 54% ano a ano. O lucro líquido aos acionistas foi de US$ 316,9 milhões (US$ 1,04 por ação) em relação aos US$ 185,7 milhões (US$ 0,63 por ação) do segundo trimestre do ano fiscal de 2021.
Eric S. Yuan, fundador e CEO do Zoom, diz que é a primeira vez que a empresa alcança US$ 1 bilhão em apenas um trimestre. “O período marca, ainda, vários aspectos em nossa expansão. Lançamos o Zoom Apps e o Zoom Events, um serviço de eventos digitais.”
Atualmente, a empresa tem mais de meio milhão de clientes com mais de 10 funcionários. “Isso nos posiciona para apoiar organizações e indivíduos que procuram reimaginar o trabalho, as comunicações e a colaboração.”
Fonte: SpaceMoney