Buscapé agora é uma empresa global de comparação de preços
Por Felipe Demartini | 17 de Janeiro de 2014 às 13h25
O Buscapé, uma das principais empresas de comparação de preços do Brasil, está para se tornar uma das maiores do mundo. O serviço anunciou que vai ampliar suas operações também para países da África e Europa, assumindo 13 sites do Naspers, a multinacional sul-africana que é sua controladora desde 2009.
Com o movimento, que foi noticiado pelo jornal O Estado de S.Paulo, o fundador do Buscapé, Romero Rodrigues, passa a ser presidente do segmento global de comparação de preços. Seu antigo cargo, de presidente do Buscapé para a América Latina, passa a ser ocupado por Rodrigo Borer, o antigo vice-presidente da empresa.
Com a união, o número de funcionários da Buscapé Company pula de 1,4 para 1,7 mil. O aumento de receita, por outro lado, cresce cerca de 40% com a entrada de serviços de comparação de preço que já são bastante conhecidos em países como Bulgária, Romênia, Itália, Espanha e Nigéria, apenas para citar alguns.
Para Romero, que vai trabalhar do Brasil mas passar boa parte do tempo viajando, é também uma boa oportunidade de levar para outros países a experiência acumulada no Brasil. Segundo ele, uma das principais novidades que serão aplicadas no restante do mundo é o botão Compre Agora, que permite a aquisição direta de produtos a partir da própria ferramenta de comparação de preços.
Apenas no Brasil, o Buscapé conta com 30 milhões de usuários únicos, divididos entre acessos por meio do celular ou computador. O número o coloca na quarta colocação entre os maiores comparadores de preços do mundo, atrás apenas de Price Grabber, Google Shopping e Yahoo Shopping. A tendência é que a penetração aumente ainda mais com a entrada de novas ferramentas no controle da companhia.
O site foi adquirido pela Naspers em 2009, em um negócio de US$ 342 milhões que resultou na transferência de controle de 91% da empresa. Além do Buscapé, o grupo também possui participação na editora Abril, além de operadoras de internet e telecomunicações na China, Índia, Leste Europeu e África.