Imagina a internet sem URLs? A Google quer acabar com elas
Por Wagner Wakka | 05 de Setembro de 2018 às 14h45
A Google quer acabar com as URLs na internet. Sigla para “Uniform Resource Locator”, elas se tratam do endereço padronizado de sites, páginas e perfis. O que acontece é que este padrão foi criado nos primórdios da conexão de redes e possui basicamente a mesma proposta até hoje.
Em entrevista para para a Wired, a gerente de engenharia do Chrome, Adrienne Porter, informou que gostaria de mudar como as URLs são feitas. Para ela, trata-se de um sistema muito complexo ainda para novos usuários, o que exige muita experiência para realmente entender como funciona.
Tal complexidade abre brechas para golpes. Um dos principais é o phishing, em que um usuário é instigado a clicar em um link malicioso por engano. Para isso, por vezes, hackers utilizam URLs semelhantes ou mesmo totalmente complexas para enganar o usuário.
Qual a solução então? A ideia de Porter é que se possa criar um sistema sem URLs, em que as pessoas pudessem encontrar informações apenas nos mecanismos de busca. Para uma empresa como a Google, este sonho parece mais que compreensível.
Contudo, ela mesma admite que ainda não há um entendimento sobre como e quais parâmetros podem ser usados para substituir as URLs. A empresa até testou algumas ferramentas de encurtamento automático de links em seu navegador, o que Firefox e Opera também fazem atualmente. Assim, apenas o principal domínio fica indicado na barra de endereço, sendo totalmente revelado com um clique.
Com isso, a empresa quer rediscutir como este padrão é usado. Segundo Porter, mesmo que ainda não haja um consenso dentro da Google sobre isso, uma nova proposta está sendo criada e deve ser apresentada provavelmente no começo do ano que vem.
Vale lembrar que a companhia soltou uma nova atualização do Chrome nesta terça que começa a mostrar páginas HTTP sem a indicação de que são seguras. A proposta é de que o próximo update, agendado para o mês que vem, passe a mostrar páginas HTTP sinalizadas como “não seguras”.
Fonte: Wired