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Tidal pode estar perto da falência, afirma jornal

Por| 13 de Dezembro de 2017 às 10h56

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Tidal pode estar perto da falência, afirma jornal
Tidal pode estar perto da falência, afirma jornal

Nascido como um dos grandes expoentes do mundo da música por streaming, principalmente para quem buscava uma opção de áudio sem compressão, o Tidal pode estar prestes a falir. Pelo menos, é isso o que afirma o jornal Dagens Næringsliv, da Noruega, ao publicar que as reservas da empresa estão chegando ao fim. Ela teria fundos suficientes para operar por apenas mais seis meses, seguindo suas dinâmicas e estruturas atuais.

A situação financeira seria bastante complexa. O Tidal, que pertence a uma empresa norueguesa de tecnologia chamada Aspiro AB, teria uma aparência bem maior do que realmente é – no que seria visto, inclusive, como uma maneira de ludibriar investidores. Empréstimos oriundos de paraísos fiscais estariam financiando a operação enquanto seus diretores buscam por parcerias e tentam angariar assinantes para sustentar o projeto.

Um destes financiadores seria a Softbank, a gigante das telecomunicações japonesa, mas de maneira indireta. Ela é a dona da operadora americana Sprint, que, em janeiro, adquiriu uma parcela de 33% do Tidal. A iminente falência, inclusive, seria fruto da influência da companhia nipônica, em grande parte, pela agressividade dos investimentos de Masayoshi Son, o homem mais rico do Japão, que por meio de um fundo no valor de US$ 100 bilhões estaria entrando em negócios promissores tão rapidamente quanto saindo ao perceber que eles podem não ser tão interessantes assim.

Os dados, ainda, concordam com relatórios oficiais da empresa, como o registro de US$ 44 milhões em perdas em 2016. Esse, entretanto, foi o último dado divulgado pela companhia, que em 18 meses de funcionamento não revelou sua base de usuários – ela seria de apenas 1,2 milhão de pessoas, de acordo com informações extraoficiais. O Tidal também estaria prestes a perder acordos importantes, como aquele que firmou no início deste ano com a Telenor, uma das maiores telecoms da Noruega, que dava uma assinatura do serviço a todos os novos clientes de pacotes de TV a cabo.

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Não ajudou, ainda, o fato de a Amazon Prime Music ter assumido a terceira colocação no ranking dos maiores serviços de streaming do mundo, jogando o Tidal para a amarga posição de “outros” no gráfico global de utilização. Os grandes líderes desse mercado são Spotify, Apple Music e a plataforma de Jeff Bezos, nesta ordem.

Em comunicado oficial, o Tidal negou os relatos de que estaria em um caminho sem volta. O serviço afirmou que histórias negativas sobre sua situação financeira vêm sendo publicadas desde a abertura do serviço, em 2016, e que, desde então, tem acumulado cada vez mais usuários e crescimento. A expectativa, inclusive, é de obtenção de um patamar de lucratividade até o final de 2018.

Também operando no Brasil, o Tidal funciona somente por assinaturas em duas categorias: a Premium, que custa R$ 16,90 com qualidade de som padrão; e HiFi, com faixas de alta fidelidade em troca de uma mensalidade de R$ 33,80. Além do serviço fundado por Jay-Z, apenas o Deezer oferece a opção de áudio sem compressão, mas somente em seu aplicativo para desktop.

Fonte: Dagens Næringsliv