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Saiba a música ideal para ouvir na hora de realizar cada tarefa do seu dia

Por| 03 de Novembro de 2015 às 12h15

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Todos têm aquela música que te empurra quando você mais precisa. Seja aquela cançãozinha que faz você correr mais rápido na academia ou mesmo aquela trilha sonora de Rocky Balboa que te faz querer subir a primeira escadaria que aparecer na sua frente? Mais do que diversão, todo mundo tem uma melodia especial para cada tipo de situação.

No entanto, colocar o fone de ouvido no último volume não é algo limitado apenas para atividades físicas, mas também para concentração. A música também pode ser usada para nos ajudar em outras tarefas mais intelectuais, seja na hora de fazer um trabalho mais rápido e de maneira mais prazerosa ou mesmo na hora de resolver alguns problemas mais específicos. E não se trata apenas de se isolar do restante do mundo para focar em um único ponto, mas de otimizar o seu próprio desempenho.

A gente já comentou sobre as diferentes formas de fazer isso anteriormente, mas há outras questões sobre o assunto que precisam ser destacadas. Afinal, você sabe qual a melhor trilha para cada momento? Não se trata de entrar no Spotify, ir direto para a primeira playlist que aparecer na sua frente e pronto. Cada situação exige um tipo de canção diferente. Assim como em um filme, cada cena da sua vida também exige uma trilha sonora própria — e, mais do que torná-lo um especialista musical, isso vai ajudar bastante no seu desempenho no dia a dia.

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Para tarefas simples: músicas que você já conhece

Sabe quando você tem algo para fazer que não exige muito da sua atenção, mas que ainda assim precisa ser feito com cuidado e agilidade? Seja lá com o que você trabalha, é inevitável que algum tipo de tarefa mais monótona vai aparecer em seu caminho. São atividades simples, mas monótonas, como responder e-mails, organizar arquivos ou copiar alguns dados. E, nesse caso, especialistas recomendam apostar em músicas que já fazem parte de seu repertório para embalar o momento.

E as razões para isso são várias. Segundo um estudo publicado no Journal of Neuroscience of Behaviour and Physiology, a pessoa trabalha muito mais rápido quando há um rock ou mesmo uma canção mais clássica tocando ao fundo. De acordo com essa pesquisa, nós conseguimos reconhecer imagens, letras e números em uma velocidade muito superior em comparação a um cenário em que não há som algum ao fundo.

Só que esse benefício não se limita apenas à sua produtividade, mas também afeta sua satisfação em relação ao que está sendo feito. Outro estudo, desta vez publicado no Science Direct, mostrou que pessoas que trabalham em uma linha de produção em fábricas são mais felizes e eficientes quando estão ouvindo alguma coisa, além de cometerem menos erros.

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A explicação para isso é simples. Como estamos falando de ações repetitivas ou mesmo chatas, você preenche seu cérebro com algo que é de seu interesse e ele vai pender muito mais para o lado daquilo que você gosta do que daquilo que é monótono. Além disso, como você já conhece aquela canção, não haverá um desvio de atenção que atrapalhe seu desempenho. Assim, você consegue cantarolar ao mesmo tempo em que faz o que precisa ser feito — e com muito mais velocidade.

Para fazer aquilo que gosta: a música do seu coração

Todo mundo tem aquela música favorita. Aquela que, se fizessem um filme sobre você, seria a canção-tema de seu personagem e tocaria em seu momento mais grandioso. Pois você não precisa ir para Hollywood para fazer algo assim, já que há pesquisas que mostram que o mesmo acontece em nosso dia a dia. Se você é bom em algo, pode aumentar o volume dessa faixa para que seu desempenho seja ainda melhor.

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Isso parece ser algo retirado do roteiro de algum musical ruim, mas é a mais pura verdade científica. Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medial Association mostrou que cirurgiões são muito mais precisos durante uma operação quando estão ouvindo uma música que gostam ao fundo — mesmo que isso seja aquele black metal repleto de guturais e guitarras distorcidas.

Outro exemplo que mostra como isso funciona com qualquer pessoa e em qualquer área de atuação: o escritor Stephen King já disse várias vezes que costuma ouvir bandas como Metallica e Anthrax enquanto trabalha em seus livros. Agora cabe a você decidir se elas ajudarão ou não o resultado final.

Para ser criativo: em busca da batida perfeita

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Mas King é uma exceção dentro dessa regra. Para humanos normais que precisam lidar diariamente com processos criativos, o ideal é procurar músicas que possuam um ritmo específico e que ajude a manter o cérebro constantemente estimulado.

Em conjunto com o Spotify, pesquisadores britânicos notaram que músicas pop ajudam a criar uma espécie de estado de excitação que é bastante útil para quem precisa lidar com algum tipo de arte, do desenho e do teatro à escrita e ao web design. E o mais surpreendente foram os exemplos citados por eles: canções da Miley Cyrus, Katy Perry e Justin Timberlake.

Mas não se trata de uma pegadinha com o pessoal de Humanas. O que os cientistas apontaram é que esses artistas trabalham com melodias dentro de um padrão bem específico, mais especificamente em seu ritmo. Todas elas possuem uma média de 50 a 80 batidas por minuto e isso ajuda com que você entre no chamado estágio alfa, otimizando o desempenho de seu cérebro para essas funções.

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Ao entrar nesse alfa, a imaginação é estimulada e há um aumento na concentração. Além disso, essas batidas ainda ajudam a desenvolver emoções e isso vai estimular o hemisfério do cérebro referente à originalidade — ou seja, perfeito para quem depende desse lado mais criativo da vida.

Para aprender: deixe as letras de lado

Muita gente apela para os fones de ouvido na hora de estudar. Nada mais normal, já que concentração é algo muito importante nessas horas. O problema é que de nada adiante você se fechar em sua bolha se a trilha sonora escolhida desviar sua atenção do conteúdo.

Como aponta o site GigaOM, música clássica ou apenas instrumental pode ser o melhor caminho na hora de exercer alguma atividade mais intelectual e imersiva. Assim, na hora de estudar para aquela prova ou se preparar para o vestibular, o melhor é procurar alguns dos mestres clássicos, como Bach e Mozart, do que aquele sertanejo universitário que você tanto gosta. Pode não ser o seu estilo, mas vai ajudar bastante.

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Por outro lado, caso estejamos falando de algo muito complexo, talvez seja a hora de desligar o celular e guardar os fones. Em casos em que toda a sua atenção é exigida para absorver um conteúdo, qualquer tipo de interferência pode atrapalhar suas funções cognitivas. Por mais que você coloque um Beethoven na melhor das intenções, isso pode tirar o foco de seu cérebro. Desse modo, o melhor a se fazer é deixá-lo 100% dedicado a uma única tarefa.

Fonte: Life Hacker, Journal of Neuroscience of Behaviour and Physiology, Science Direct, Journal of the American Medial Association, Digital Trends, GigaOM