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Comparativo: Apple Music vs Spotify

Por| 30 de Junho de 2015 às 11h51

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Comparativo: Apple Music vs Spotify
Comparativo: Apple Music vs Spotify
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O esperado serviço de streaming de música da Apple finalmente foi anunciado e será liberado oficialmente para mais de 100 países (incluindo o Brasil) nesta terça-feira (30). A novidade chega automaticamente para usuários de iPhones e iPads juntamente com a atualização para o iOS 8.4.

Ainda hoje, donos de iPod Touch, Mac e PCs com Windows também poderão acessar o serviço. No caso dos computadores, o Apple Music será encontrado dentro do iTunes, e nos dispositivos iOS virá como uma atualização gratuita para o aplicativo Música.

Apesar do burburinho gerado pela chegada do novo serviço da Maçã, quem ainda reina absoluto no mercado de streaming de música é o Spotify. Atualmente, a empresa responsável pelo app se gaba por ter mais de 75 milhões de usuários, dos quais 20 milhões são assinantes que pagam, em média, US$ 10 por mês para ouvir suas músicas.

Mas, afinal, o Apple Music pode ser considerado uma grave ameaça para o Spotify? Para tentar descobrir isso, fizemos um comparativo prévio entre os dois serviços para ver quem se dá melhor – e quem oferece mais benefícios para os usuários. Confira:

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Preço

Spotify: No Brasil, o Spotify oferece acesso gratuito por 30 dias ao seu serviço Premium*, que permite acesso ilimitado aos catálogos do serviço sem propaganda. Após o término desse período, a assinatura do Spotify Premium sai por R$ 14,99.

Outra opção de assinatura é o Spotify Família, onde o titular da conta (que paga R$ 14,90 por mês) pode adicionar até quatro membros da família, sendo que cada usuário adicional recebe 50% de desconto na assinatura premium. Desta forma, uma família de cinco pessoas, por exemplo, paga R$ 47,70 por mês, tudo em uma única fatura.

*Atualmente, comemorando aniversário de um ano no Brasil, o Spotify está oferecendo três meses Premium por R$ 1,99 para os novos usuários ao invés dos 30 dias gratuitos.

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Apple Music: O Apple Music também oferecerá um período gratuito de acesso ilimitado que terá duração de três meses para iPhone, iPad, iPod touch, Mac ou PC, e, após o término dos 90 dias, será preciso assinar o serviço para ter acesso a todos os recursos oferecidos.

Em alguns países, como Estados Unidos, o Apple Music terá uma assinatura mensal de US$ 9,99, mas no Brasil o serviço custará US$ 4,99 (aproximadamente R$ 15,25 na cotação atual); e o plano familiar, com a opção de adicionar até seis usuários, sairá por apenas US$ 7,99 (cerca de R$ 24,43).

Catálogo de músicas

Spotify: Uma das principais razões pela qual o Spotify continua dominando o mercado de streaming de música é o fato dele oferecer aos ouvintes um acervo com mais de 30 milhões de músicas. Some isso ao fato do serviço alegadamente adicionar 20.000 novas músicas a cada dia e temos um aplicativo de sucesso. Porém, é preciso admitir que existem alguns buracos notáveis na biblioteca do Spotify, que incluem a falta de artistas como Taylor Swift e os Beatles (sim, os Beatles não estão no Spotify).

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Apple Music: O serviço da Maçã veio para bater de frente com o concorrente no quesito variedade musical. A Maçã alega ter mais de 30 milhões de músicas disponíveis no Apple Music e a integração com a biblioteca do iTunes do usuário também chega como um diferencial competitivo. Isso porque as músicas do próprio usuário, extraídas de CDs ou baixadas do próprio iTunes, estarão no aplicativo de música do dispositivo para ouvir juntamente com aquelas disponibilizadas pelo Apple Music.

Mas é importante ressaltar que nem todo o acervo presente na iTunes Store estará disponível no Apple Music e a adição de faixas dos Beatles no serviço de streaming também não foi confirmada – mas você poderá ouvi-las se já tiver comprado álbuns da banda na iTunes Store, onde elas são comercializadas desde 2010

Além disso, tanto o Spotify quanto o Apple Music oferecem a possibilidade de ouvir músicas offline em suas versões pagas e sempre haverá algumas pequenas diferenças entre os catálogos com base no que cada serviço conseguirá negociar com os artistas. Com certeza veremos algumas faixas exclusivas no Apple Music e o mesmo acontecerá com outros artistas no Spotify.

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Compatibilidade

Apple Music: Saindo um pouco do padrão Apple, o novo serviço da Maçã não será limitado a gadgets da empresa. Usuários de Android e PC com Windows também poderão usar o Apple Music, mas vale ressaltar que usuários de dispositivos com o sistema operacional do robô verde terão que aguardar um pouco mais até que o app seja disponibilizado. Porém, versões para Apple TV e Windows Phone sequer foram citadas nos planos de lançamento do Apple Music.

Spotify: O serviço possui aplicativos para Windows, Mac, Linux, Android, iOS e Windows Phone. Além disso, você também pode acessar o Spotify por meio do seu PlayStation e até mesmo enquanto utiliza um carro do Uber.

Saiba mais:

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Qualidade de áudio

Ainda não há muitos detalhes acerca da qualidade de áudio oferecida pelo Apple Music, mas sabemos que ela será limitada a 256 kpbs, a taxa de reprodução padrão da Apple para o iTunes. Isso significa que ela será mais baixa do que os 320 kpbs oferecido no Spotify Premium, mas superior aos 160 kbps oferecidos na versão gratuita do serviço.

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Por outro lado, a Apple também confirmou a utilização da tecnologia de compressão AAC, que é o formato padrão adotado pela companhia e superior ao popular MP3 utilizado pelo Spotify. Mas se você quer mesmo ouvir músicas com alta qualidade, a melhor saída ainda é o polêmico Tidal, onde a taxa de qualidade pode chegar a 1.411 Kbps.

Descobrir novas músicas

Spotify: As ferramentas de recomendação sempre são eficientes na hora de descobrir novas músicas e no Spotify é possível utilizar a aba "Navegar" para encontrar diversas novidades, entre elas as músicas mais tocadas ("Paradas") no mundo, no Brasil, ou até mesmo as músicas mais ouvidas pelos seus amigos.

Além disso, também é possível acompanhar os lançamentos mais recentes para descobrir novas faixas ou então apelar para o recurso chamado "Descobrir", onde o Spotify sugere novas músicas e artistas com base no seu histórico no serviço. Outra opção para descobrir novidades é navegar pelos "Gêneros e Momentos", onde mais de 30 playlists criadas por profissionais reúnem músicas adequadas a diversas situações (música latina, pop, rock, balada, para treinar, para relaxar, entre outros).

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Apple Music: Assim como acontece no Spotify, o Apple Music tem o seu próprio sistema de descoberta musical chamado "Para você". Para utilizá-lo, basta escolher suas bandas e ritmos favoritos para receber sugestões de especialistas em música, que também criam playslists, assim como no concorrente. O Apple Music também tem uma seção que mostra as novidades mais recentes. A Apple também integrou seu serviço de streaming à sua assistente virtual. Se você estiver usando o serviço no iOS, pode pedir músicas para a Siri: "Toque as melhores dos anos 1980".

Além disso, foi anunciado que o serviço escaneará as músicas armazenadas no computador ou dispositivo móvel do usuário para sugerir músicas e/ou artistas com base nos arquivos baixados pelo usuário.

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Integração do Apple Music com a Siri

Rádio

Apple Music: O serviço da Maçã terá uma estação de rádio exclusiva chamada Beats 1, que transmitirá música 24 horas por dia, 7 dias por semana, para mais de 100 países a partir de estúdios sediados em Los Angeles, Nova Iorque e Londres. A rádio será comandada por alguns DJs renomados, mas, apesar de ser uma ideia interessante, não temos certeza se ela cairá nas graças dos usuários, uma vez que eles terão playslits com curadoria disponíveis de acordo com o seu gosto.

Spotify: Não possui um sistema como o Beats 1, mas, assim como o Apple Music, permite que você crie e personalize suas próprias estações de acordo com seu gosto. É possível criar até vinte estações por vez.

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Rádio Beats 1, o mesmo som rolando em diversas partes do mundo ao mesmo tempo

Social

Apple Music: Possui um recurso chamado "Connect", que é descrito pela Maçã como um lugar onde músicos mostram o seu trabalho, suas inspirações e o seu mundo para os fãs. É uma linha direta com a música, com um conteúdo vindo direto dos artistas – como fotos de bastidores, processo de criação de músicas, entre outros.

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Os usuários podem comentar ou curtir o que o artista publicou e ainda compartilhar o conteúdo via mensagem, Facebook, Twitter e e-mail. E o interessante é que o artista pode responder direto para os fãs, criando uma relação mais íntima com eles. Apesar disso, os usuários não podem criar suas próprias publicações, pois o recurso não foi projetado para substituir as redes sociais como Facebook e Twitter.

Spotify: A parte social é mais modesta e permite apenas a integração com o Facebook, onde é possível ver o que seus amigos estão ouvindo, quem estão seguindo e também compartilhar e recomendar playlists. O aplicativo também permite que os usuários publiquem seu histórico de músicas ouvidas na rede social e, em seguida, seus amigos podem curtir ou comentar a atividade.

Apple Music Connect

Veredito

Ainda não existe um veredito. Certamente os dois são ótimos serviços de streaming e cada um tem as suas qualidades. Também é muito difícil falar sobre a usabilidade do Apple Music enquanto ele não estiver disponível para ficarmos alguns dias com ele em mãos e ver como os algoritmos e "DJs renomados" se saem na curadoria de músicas durante o dia a dia.

De fato, o recurso Connect tem grande potencial para arrebatar o coração dos fãs que querem um contato mais próximo com seus ídolos e, consequentemente, atrair assinantes, mas ainda não sabemos se será um fator decisivo. Por outro lado, o sucesso da rádio Beats 1 ainda é duvidoso.

De qualquer forma, estamos ansiosos para testar a novidade e ver como esse cabo de guerra por artistas será encarado por todos os serviços de streaming de música – e quem vai levar a melhor.