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Taxistas voltam a protestar contra o Uber

Por| 18 de Junho de 2015 às 16h03

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Os taxistas e sindicatos de motoristas voltaram a protestar contra o Uber nesta quinta-feira (18), em Brasília. As demonstrações, desta vez, aconteceram dentro da Câmara dos Deputados, durante um debate promovido pela comissão de Viação e Transportes que contou, inclusive, com a presença de representantes do próprio aplicativo.

A discussão, porém, foi marcada por vaias, gritos e aplausos. Os primeiros, claro, sempre que o diretor do Uber, Daniel Mangabeira, além dos poucos deputados favoráveis ao app, falavam. Para o executivo, o software não conflita com os serviços de táxi por oferecer um serviço diferenciado e, mais do que isso, fazer apenas a ligação entre passageiros e motoristas. Por isso, ele acredita que a coexistência das duas possibilidades é possível.

Enquanto isso, o presidente da Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Motoristas de Táxi, Edmilson Americano, voltou a citar as razões que levam a todo o problema. Para ele, o Uber não segue as leis nacionais e, além de operar como um tipo de transporte clandestino, ainda promove a concorrência desleal ao roubar usuários do sistema, mas sem que seus motoristas se submetam às mesmas normas e regras que os taxistas convencionais.

As reclamações datam de meses atrás, quando começou uma série de protestos em todo o Brasil contra a atuação do app por aqui. Taxistas chegaram a parar grandes avenidas das cidades em que o Uber opera – Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte – e fizeram movimentações também em outros municípios. A ideia é a mesma, a de que o sistema invade o mercado dos táxis, mas sem se submeter às legislações vigentes.

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As demandas foram aderidas por boa parte dos deputados presentes na sessão, que acreditam que o Congresso Nacional precisa tomar atitudes para proteger os taxistas. Por outro lado, Julio Lopes (PP-RJ), foi um dos poucos a se posicionarem em prol da existência de ambos os serviços, afirmando que o Uber precisa, sim, ter normas e custos compatíveis com os motoristas da praça, mas que não se deve criar um mercado privativo. Além disso, existe a ideia de que não se pode ignorar os avanços tecnológicos.

Essa última fala, inclusive, foi ecoada por Mangabeira. Ele disse que toda tecnologia que muda a forma como as pessoas lidam com o cotidiano acaba gerando resistência e controvérsia. Além disso, discordou da ideia de que o Uber tenha que se submeter aos mesmos custos dos taxistas convencionais por operar uma plataforma de conexão entre pessoas, e não como uma promotora de serviços de transporte.

Em momentos mais inflamados, os representantes de sindicatos chegaram a pedir a suspensão do Uber em todo o território nacional, como aconteceu no final de abril, quando um juiz de São Paulo emitiu liminar ordenando o banimento da plataforma. A decisão foi rapidamente derrubada.

Fonte: Convergência Digital