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Rivais do Uber criam aliança internacional para frear expansão do serviço

Por| 18 de Setembro de 2015 às 08h57

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Rivais do Uber criam aliança internacional para frear expansão do serviço
Rivais do Uber criam aliança internacional para frear expansão do serviço
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Se o Uber se mostra cada vez mais um gigante difícil de ser combatido, o melhor para os rivais menores é unirem suas forças em prol de um bem comum. Foi isso que fizeram, nesta semana, o Lyft, dos Estados Unidos, e o Didi, da China, que agora vão permitir que seus usuários tenham acesso à frota um do outro em seus respectivos países e através de um mesmo aplicativo.

A ideia é que os clientes de uma das plataformas, por exemplo, tenham a facilidade de solicitar um carro durante viagens utilizando uma solução com a qual já estão acostumados. Mais do que isso, o pagamento é feito na moeda local do país em que o usuário está, evitando a cobrança de taxas internacionais por uso de cartão de crédito ou conversão de moeda, por exemplo.

A troca de dinheiro entre as empresas acontecerá nos bastidores, sem qualquer interferência do usuário. Tanto o Lyft como o Didi farão o pagamento aos motoristas dos serviços e transferirão suas tarifas um para o outro, de forma a garantir que não exista uma queda ou aumento desigual nas receitas.

A aliança deve começar a operar no ano que vem e já está de olho em uma possível expansão, agora para a Índia, por meio do Ola, e Cingapura, com a adesão dos serviços da GrabTaxi. Essa informação, porém, não foi confirmada no anúncio da parceria, realizado nesta quarta-feira (16), mas já vem sendo comentada por fontes ligadas à empresa.

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A aliança entre as empresas envolve mais ainda do que o compartilhamento de frota e soluções de tecnologia. De olho neste lado do mundo, o Didi também está investimento US$ 100 milhões no Lyft. Boa parte do dinheiro será voltado para a efetiva criação da união e também na adaptação de sistemas para uso internacional, mas, ainda assim, serve como um grande aporte para uma plataforma que está em franco processo de expansão.

Segundo John Zimmer, diretor do serviço norte-americano, a ideia da junção de forças surgiu quando, em um evento, representantes do Lyft procuraram executivos do Didi sobre conselhos para adentrar no mercado chinês. A plataforma asiática estava pensando em desembarcar nos EUA e essa conversão de interesses acabou dando origem à ideia mais lucrativa de uma parceria, em vez de trabalhos concorrentes.

No anúncio, os envolvidos não falaram diretamente sobre o Uber, mas fica claro que a ideia da parceria é realmente ir contra o principal concorrente. Para a Lyft e a Didi, companhias menores, mas que já possuem uma parcela considerável dos usuários de transporte, vale mais a pena unir forças com parceiros já conceituados em diversos países em vez de trabalhar com as barreiras regulatórias presentes em cada nação. Dessa forma, ocorre uma expansão da mesma maneira que cada um mantém sua atuação nos mercados nos quais já estão estabelecidos.

A parceria, porém, não impede que as empresas sigam adiante com seus próprios planos de expansão. O Lyft, por exemplo, pretende lançar sua primeira operação fora dos EUA até o final deste ano, mas ainda não revelou exatamente qual será sua nova praça. O mesmo vale para o Didi, que mesmo com o investimento de US$ 100 milhões no agora parceiro, também tem mais dinheiro envolvido nos trabalhos internacionais. As novas cidades também devem fazer parte da união.

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Um caminho mais lógico para ambos, aqui, seria a Europa, onde o Uber não tem um domínio tão claro como nas Américas. No Reino Unido ou França, por exemplo, a empresa sofre grande concorrência de serviços menores e locais, sejam eles de táxis ou carros particulares, além de enfrentar polêmicas sobre suas práticas de negócios e estar sempre diante de possíveis sanções e proibições. Claro, rivais desse tipo também estariam diante das mesmas dificuldades, mas poderiam conquistar um terreno precioso em tais territórios.

Fonte: The Wall Street Journal