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Proprietária de satélite que explodiu com o Falcon 9 pede US$ 50 mi na Justiça

Por| 05 de Setembro de 2016 às 06h48

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Proprietária de satélite que explodiu com o Falcon 9 pede US$ 50 mi na Justiça
Proprietária de satélite que explodiu com o Falcon 9 pede US$ 50 mi na Justiça

Na última quinta-feira (01), um foguete Falcon 9 da SpaceX explodiu durante testes nos Estados Unidos, e o CEO da companhia, Elon Musk, explicou em seu Twitter que o acidente aconteceu por conta de uma anomalia durante o abastecimento do foguete. O foguete transportava um satélite que custava US$ 200 milhões. Agora, a companhia dona do satélite destruído deseja receber uma indenização de US$ 50 milhões pelos danos.

O equipamento caríssimo fazia parte de um projeto do Facebook para fornecer internet a regiões remotas, mas era de propriedade da israelense Space Communication Ltd (Spacecom), que deu uma segunda opção para a SpaceX ressarcir os danos causados: realizar o transporte gratuito de um novo satélite AMOS-6. Para construir esse segundo satélite, a empresa disse ainda que coletará novos US$ 200 milhões com a Israel Aerospace Industries, que fabrica aeronaves no país.

A explosão vista de longe, que pôde ser sentida em diversas residências e prédios comerciais (Reprodução: Divulgação)

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Em um e-mail enviado à agência Reuters, a companhia de Musk disse que não divulga detalhes de seus contratos, tampouco dos seguros realizados, pelo fato de a empresa não ser pública e não ter essa obrigação. Sendo assim, não se sabe que tipo de seguro havia sido feito para o lançamento malsucedido.

Desde o acidente, as ações da Spacecom caíram 9% na Bolsa de Valores, e as negociações das ações da companhia foram interrompidas na manhã de domingo (04), fazendo com que os papéis despencassem mais de 34% enquanto a negociação não é retomada.

Causas ainda desconhecidas

As causas para a explosão do foguete que levava o satélite AMOS-6, que levaria a conexão com a internet a regiões remotas da África, ainda são desconhecidas. Uma investigação está sendo feita pela SpaceX em conjunto com a Administração Federal de Aviação (FAA), que regula as atividades no espaço aéreo norte-americano. Essa foi a segunda explosão que a companhia de Elon Musk enfrentou em apenas 14 meses, quando outro Falcon 9 explodiu no ar cerca de dois minutos após seu lançamento.

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Concepção artística do satélite AMOS-6, que levaria a internet para regiões remotas da África (Reprodução: Facebook/Mark Zuckerberg)

Com isso, surgem dúvidas sobre o futuro da SpaceX, que tem em suas ambições levar a exploração espacial a um outro patamar, adicionando a exploração comercial do espaço no “menu”. Segundo boatos que não puderam ser confirmados, a apólice de seguro para a Space Communication pode não ser válida porque em seu contrato havia uma cláusula exigindo um lançamento completo do foguete, mas o acidente ocorreu na fase pré-lançamento.

E o lançamento bem-sucedido do AMOS-6 era uma condição para a venda de US$ 285 milhões para uma unidade do Beijing Xinewi Group. Com o acidente, as ações da SpaceX também despencaram e a companhia já adiou alguns lançamentos que estavam programados para as próximas semanas por tempo indefinido.

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Fonte: Reuters