Presidente da Uber ordena 'investigação urgente' de acusações de assédio sexual
Por Fabiana Rolfini | 20 de Fevereiro de 2017 às 14h10
O presidente-executivo da Uber, Travis Kalanick, ordenou uma "investigação urgente" das denúncias de assédio sexual feitas por uma ex-funcionária. O executivo anunciou no domingo (19) que instruiu seu diretor de recursos humanos a investigar as acusações descritas em um blog por Susan Fowler, que trabalhou como engenheira na Uber de novembro de 2015 a dezembro de 2016.
Em uma longa postagem no blog, Susan Fowler disse que recebeu uma proposta sexual de um gerente logo no primeiro dia em que estava em sua equipe. O executivo usou o software de bate-papo da empresa para tentar "fazer com que eu fizesse sexo com ele", diz ela, que fez imagens da tela com as mensagens e as incluiu em seu relato ao RH da Uber.
No entanto, ao se queixar ao departamento de recursos humanos da companhia, Fowler foi informada de que o gerente não seria demitido e que ela poderia mudar para outra equipe, se desejasse. Segundo ela, a administração disse que "eles não se sentiriam confortáveis punindo-o pelo que provavelmente foi apenas um erro inocente de sua parte".
E, para piorar a situação da Uber, Fowler disse que outras mulheres que trabalham na empresa lhe disseram mais tarde que tiveram experiências semelhantes com o mesmo gerente, e foram informadas de que era a primeira vez que uma queixa tinha sido feita contra ele.
"Nós procuramos fazer da Uber um local de trabalho justo e não pode haver absolutamente nenhum lugar para esse tipo de comportamento na empresa - e qualquer um que se comporte assim ou pensa que isso está OK será demitido", disse o presidente da companhia no domingo.
Fonte: Financial Times